Blog do Paullo Di Castro


segunda-feira, 9 de março de 2009

O brilho do "Senhor dos anéis"


Pensa em um jogo que eu não estava nem aí! Era o tal Palmeiras x Corinthians, para mim, dois clubes de repugnância, tanto faria o placar que fosse. Principalmente pelos holofotes demasiados no Ronaldo "Fofômeno" Nazário.

Depois da câmera focar mais ele que o restante do jogo em Itumbiara, mesmo entrando depois dos 20 do segundo tempo, em São Paulo (Presidente Prudente) o assédio seria maior.

De fato o foi, para mim, um exagero em torno da volta de quem muito derrapou na carreira, mesmo com o tudo o que fez quando esteve em campo, muitos, assim como eu, tem o péssimo hábito de se lembrar muito mais nos incidentes fora de campo que nos resultados dentro dele.

Antes da Copa de 2002, a massa desconfiava que Ronaldo não conseguiria se recuparar da cirurgia no joelho, fruto de quase dois anos de intenso tratamento após um lance que entrou na história pelo show de horror, ao ser mostrado nitidamente a rótula do joelho do atleta subir de maneira espantosa, deixando seu dono contorcendo de dor. A lembrança má da Copa de 1998, que ninguém de fato sabe tudo o que aconteceu, deixava um circo de pulgas atrás das orelhas dos brasileiros.

Pedimos o Romário incansavelmente, o baixinho chorou, mas não comoveu o pai da família Scolari, Felipão, que chamou Ronaldo pronto para contar com ele por todo o certame. Isso parecia uma incógnita, até ele se destacar jogo após jogo e decidir com todos os méritos a final contra a Alemanha, deixando dois na rede e garantindo o caneco.

Aquela vez deu certo, mas sete anos depois a desconfiança aumenta. Mas, acima de qualquer turbulência em sua vida pessoal, entrar no jogo na metade do segundo tempo, tocar na bola três vezes e ser melhor assim que todo o ataque de sua equipe, e por fim, deixar sua marca no último minuto dos acréscimos. Está de volta o Fenômeno, reacendendo assim sua estrela.

Coisas de jogador fora de série. Espero que sua cabeça esteja bem centrada para ele jogar o futebol que sabe e deixar um pouco as páginas de fofocas para brilhar nas de esporte. Dou o braço a torcer: o cara é bom e pronto! Melhor que Pelé também não, mas em nossa geração, Ronaldinho faz a diferença em sua profissão.
Vale lembrar que uma longa jornada vem pela frente, Ronaldo ainda precisa jogar muito para provar que pode voltar a ser algo aproximado com o jogador que foi. Reprovo a atitude de Dunga de soltar que ele é convocável, não é hora disso, com toda certeza. Muito menos aprovo a palhaçada do Jornal Nacional de entrevistar Ronaldo ao vivo no estúdio, algo que só fazem para chefes de Estados. Isso tudo é muito barulho para a incógnita que ainda é o retorno do outrora Fenômeno. Torço sim para o seu sucesso, mas não é tempo de exaltá-lo ainda.
Pra não perder a piada: O cara voltou tão bem que derrubou um alambrado sozinho! hahahaha

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