Blog do Paullo Di Castro


quarta-feira, 18 de março de 2009

É um pássaro? Um avião? É um maluco querendo atenção...


Relutei um pouco em escrever sobre o mais estranho incidente que Goiânia já presenciou. Não bastava estarmos queimados a mais de vinte anos com o acidente do césio, agora voltamos às páginas de toda a mídia nacional e várias pelo mundo.
Devemos todo esse cenário a um louco-rebelde-sem-causa que achou que a solução de seus problemas era dar fim a própria vida, levar uma inocente junto, agredir covardemente outra criança e sua própria esposa, terminando sua vida mesquinha de forma "hollywoodiana", atirando-se com um avião em um dos locais mais movimentados da capital goiana.
Recuso-me a acreditar que ele queria prioritariamente chamar a atenção e ser lembrado de uma forma digna. O que mais assombra nesse fato sem precedentes é de que não conseguimos entender a verdadeira motivação desse ex-cidadão. Como alguém em pleno gozo de suas faculdades mentais vai pré-meditar uma barbaridade dessa, atentar contra a vida de pessoas inocentes, que não escolheram fazer parte do seu circo de horror?
O ócio em que vivia esse elemento pode provocar os "instintos mais primitivos" como diria Roberto Jéfferson. Não tem coisa pior que mente desocupada. Para alguém que mamava nas tetas da mãe mesmo após formar família, não podia se esperar muita coisa, mas nada que se compara ao showzinho infame provocado pelo despreparado.
A cobertura da mídia, até pela novidade do acontecimento, foi um pouco atropelada, vários órgãos cuidando de perto do caso, o que gerava informações desencontradas, mas por mais fundo que seja o buraco, e após sua mulher dar depoimentos em defesa do covarde, não vale a pena fixar tanto nossas atenções nesse caso.
Espero muito que isso tudo não inspire novos aficcionados por aviação a tentar ter seus quinze minutos de fama. Já bastou Bin Laden ter influenciado uns cabeças fracas como esse, que , ao contrário do saudita que tinha uma causa para defender, mesmo sendo radical a ponto de matar tantos inocentes, tudo o que o protagonista da semana conseguiu foi deixar esse rastro de maldade, insensatez e principalmente, a certeza de que tudo foi em vão.

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