Blog do Paullo Di Castro


sábado, 22 de agosto de 2009

30 anos pra sair, 3 dias pra ficar...


O "Dia do Fico" de Dom Pedro I, no dia 9 de janeiro de 1822, a Corte Portuguesa queria o Imperador de volta à Portugal, mas ele declarou que ficava, e de fato ficou, declarou uma pseudo independência do Brasil e deu início ao nosso governo de monarquia.
Essa semana o Brasil viu um cenário enfadonho, mas uma vez partir do Senado Federal. A semana também acabou com um "Fico". Foi do senador Aloísio Mercadante, do PT, que nessa mesma semana havia declarado que estava deixando a liderança do partido no Congresso de forma "irrevogável", mas, um pedido do presidente, que segundo o senador é irrecusável, o fez voltar atrás em sua palavra, e demonstrar, fazendo um papelão, o péssimo momento vivido pelo outrora partido de esquerda da estrela vermelha.
Cada vez mais vemos o pouco valor que tem a palavra de um político, a qual deveria ter um valor de contrato, com obrigação jurídica, tamanha a relevância social que os atos e o próprio cargo dessa classe tem perante o eleitorado, e toda a sociedade.
Outro fato envolvendo o partido, foi o suposto encontro da primeira-ministra e presidenciável Dilma Rousseff com a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, entre verdades e mentiras, fica a dúvida sobre a integridade das envolvidas, enquanto isso a oposição pode ter feito "acordão" para não incriminar o senador Arthur Virgílio, ajudando assim a arquivar tudo o que se procurava contra o presidente da casa José Sarney.
Agora, não vejo mais limites para se afundar a decepção com o Partido dos Trabalhadores. Nos anos 80 o discurso era um, nos anos 90 outro, um pouco menos radical, e depois do século XXI, só vemos mesmo uma vergonhosa mudança ideológica, e uma repetição das políticas, principalmente econômicas, dos governos anteriores que tanto atacou.
Considero uma significativa melhoria na qualidade de vida da população brasileira em geral, mas isso não apaga a mudança do barbudo enérgico contra as políticas internacionais, com o "Lulinha paz e amor" que viaja mais que seu antecessor, e se mantem inabalável no cargo, quando os principais braços-direitos de sua vitória nas urnas, já caíram, e o presidente permanece inatingível.
A última baixa do PT, foi a de uma das mais importantes militantes, fundadoras, com 30 anos de casa, que serviu o presidente por um mandato e meio em uma das pastas mas renegadas do governo. Marina Silva saiu para brilhar como merece, e não sendo submetida a uma mudança de foco tão agressiva como a de seu ex-partido. Nem com a expulsão dos "rebeldes" em 2003, e a criação do Psol, o PT não vivia um momento tão turbulento como esse. A saída da senadora deve ganhar companhia logo.
Mas para o presidente, e para Marina ainda foi positivo, para 2010, eles terão influência de sobra, espero que se a acreana entrar na disputa, faça uma terceira via forte para quebrar a bipolaridade de PT e PSDB. Já o PMDB, com certeza estará no governo, independente de quem for.
PT Saudações!


Um comentário:

  1. Legal as tuas observações, Paullo.
    No Brasil, os cargos não passam e as pessoas também não. É por isto que o nosso Mercadante e a maioria dos nossos parlamentares não querem largar o osso.
    E olha que a "carne" no Senado já acabou faz tempo!

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