Poucas semanas atrás, uma manifestação escrita do pastor Augustus Nicodemos, chanceler na Universidade Presbiteriana Mackenzie, publicada e repassada com intensidade na web, causou grande rebuliço em toda a sociedade brasileira, fator motivado por uma classe que se sentiu ofendida na opinião da carta aberta de Nicodemos, que mostrava simplesmente o posicionamento do mesmo, compartilhado em geral pela Igreja Presbiteriana do Brasil.
A PLC 122/06, em votação no Congresso Nacional, se denomina como lei anti-homofobia, e propõe punições à toda manifestação contrária ao homossexualismo. De uns anos pra cá, cada vez mais somos pautados por discussões em relação ao preconceito, mas como separar a barreira da discriminação com a da opinião contrária ao comportamento homossexual? Um desafio imenso para a nossa sociedade.
A opinião expressa na carta,leva como embasamento a Bíblia Sagrada. O documento mais antigo, vendido, lido e respeitado do mundo, nela há posições claras contra o comportamento do homossexualismo, não contra a pessoa homossexual. E por todos esses anos igreja a coloca como regra de fé e prática, como poderia agora, em um país democrático, ser obrigada a não se posicionar sobre a questão, tendo garantido na própria Constituição Federal o direito livre ao culto?
As represálias contra a Universidade, feitas por grupos ligados à causa em questão, mostram o perigo de se tocar nessa ferida. E da falta de tato de alguns segmentos da chamada luta pela diversidade. Manifesto com indicativo de violência usa de mesmos artifícios que já sofreram historicamente os idealistas dessa classe.
Quero com isso salientar que o direito a opinião não pode ser renegado a uma mudança pós-moderna que exigiria aceitação imposta a algo que mesmo existindo desde os primeiros tempos da humanidade, nunca foi um padrão comum de formação de família e de comportamento social. Ver um relacionamento homossexual explícito publicamente ainda vai de confronto à maioria das pessoas, e isso não vai ser mudado com uma lei.
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