Blog do Paullo Di Castro


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tirando casquinha do Google

A terra de ninguém pode estar começando a dar seus primeiros passos para uma organização mais equilibrada. Pelo menos no que diz respeito ao conteúdo de notícias de grandes veículos de comunicação, o uso desenfreado de artigos por escritores independentes pode sofrer sérias restrições. Essa é a luta por enquanto quase isolada entre um dos maiores sites de notícias do mundo com o maior sistema de busca existente.
Tudo o que uma empresa não quer é ver o fruto do seu trabalho beneficiar um possível concorrente. A questão dos direitos autorais sobre vários tipos de obra na internet sofreu com a popularização da rede mundial de computadores. Com qualquer pessoa tendo acesso ao que está "disponível", ela pode reproduzir isso, não passar os créditos e sair como a fonte primária da notícia.
É claro que a credibilidade conquistada por um veículo que tenha a sua versão on line, levando o nome da empresa, não se compara a um blogueiro que não tem referências públicas de seu trabalho, mesmo que seja um fenômeno de popularidade, não será como os meios mais fortes, em que a questão financeira é decisiva para se publicar o factual com precisão, e com recursos para se trabalhar em campo e buscar fontes de dentro da redação. Alguns blogs realmente fazem barulho e deixam os "grandes" a ver navios, com alguns "furos" que deixam de cabelo em pé o patronato da comunicação.
Voltando aos fatos, a chamada Declaração de Hamburgo quer estabelecer uma linha comercial para que os jornais sejam encaminhados prioritariamente para o Google, sendo que essa empresa deveria pagar para expor os endereços dos assuntos procurados pelos internautas. O maior site de buscas do mundo não deverá se render a um grupo que quer lucrar em cima da prestação de serviços da Google. Isso é polêmico, e na minha opinião não deverá ir para frente de modo expressivo.
A Associated Press, que tem uma força no contexto norte americano bem maior que as entidades brasileiras, ex: FENAJ. Mas essa queda-de-braço não será fácil para nenhuma das partes. O leitor pode ser o grande prejudicado da história, se continuar a ter a liberdade de escolher o que busca, e não ser bombardeado por anúncios indesejáveis.

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