Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

E finda-se o primeiro mês...

Mal veio 2009 e lá se vai janeiro! Um mês calorento como ele só, devagar como ele só, violento como ele só, ocioso como ele só... Vou falar de música que é melhor, se não dá uma preguiça...
O ano começa sempre com a expectativas das bandas gringas que irão pousar aqui, algumas na terrinha por agora fazendo uma boa estrada. Vou falar de algumas que meus ouvidos já deram uma colada no som.
O Little Joy foi um encontro inesperado do Rodrigo Amarante do Los Hermanos e o Fabrizio Moretti do The Strokes, são brasileiros, mas enraizaram a empreitada lá fora. A voz delicada do Amarante marca agora em inglês, o que é prazeroso de se ouvir em estado zen como ela, seja no Little, na banda dos barbudos (que eu acredito que voltará), ou na Orquestra Imperial, o homem faz tudo ressoar bem, mesmo sendo um trabalho tão diferente do outro! As músicas do primeiro CD são experimentalismos, instrumentos incomuns, (o que me interessa, o lance da pesquisa sonora), pegada de Beatles, jeitinho brasileiro: world music para generalizar! Iria no show com prazer, se a distância geográfica facilitasse.
A Alanis Morissette marcou muito meu início de adolescência. Ela estourando com o Jagged Little Pill: discão! Um hit atrás do outro, ela me insinou muito com You Learn, me deixou pensativo com Hand in my pocket e me deixou extravassado com Ironic, enfim, pra mim foi O disco da década de 90, além de outros como Ten, do Pearl Jam; Nevermind, do Nirvana; What's the Story Morning Glory, do Oasis e por aí vai (minha lista seria de no mínimo 20 discos que escutei demais essa época).
Tem o Radiohead que vai fazer uma mobilização grande por aqui, depois de revulucionarem em pleno início da internet no mundo lançando OK Computer na rede, a banda sempre fez música séria, qualificando mais o brit-pop, e com engajamentos legais, nadando contra a maré das estrelas posers da música pop que acham que fazem muito pela humanidade só com discos de carreira e shows super-produzidos.
O Iron Maiden vim escutar no meu primeiro contato com o heavy metal, mais na virada do milênio, e já vieram tanto aqui que são fregueses, admiro demais o Bruce Dickson por ser PHD em História antiga, piloto de avião (inclusive o da banda) e ainda esguelar aqueles agudos como ninguém. Independente de toda a temática das trevas que incorporam, curto o som e me concentro nisso.
Elton John foi outro que já caiu aqui, incrível a energia dele ao piano, sua banda de gente de várias idades, as power-baladas e aquele pop contagiante. Pela competência dele, poderia até ter feito mais que uns shows com os remanescentes do Queen. Ninguém pode substituir Freddy Mercury, mas ele tá podendo!
Coldplay é uma das poucas bandas que gosto dos anos 2000. Eles transitam entre o rock, as baladas, as letras fundamentadas, reflexivas, sonoridade seca, rica, melódica e pesada. Tudo na medida certa.
A transloucada Amy Winehouse poderia deixar um pouco as baixarias ilícitas em que se envolve e fazer aquilo que realmente a faz alguém notável dignamente: sua black music impecável, com sua banda espetacular, mas nem no palco ela parece sóbria, se conseguisse só cantar estaria passando de bom.
Deve vir muita coisa boa por aí, provavelmente não irei em nenhuma, mas por vir ao Brasil já me alegro, esses mega-shows definitivamente não fazem minha cabeça pelo ambiente, se fosse só pelo som estava em todas possíveis, mas é muito humilhante para os ditos fanáticos pelo artista se submeter a dias na fila pelo ingresso, se espremer como sardinha em lata, ficar em pé horas a fio, tudo isso para ver o telão com certa nitidez e algumas formiguinas sobre o palco em que você fará uma força para reconhecer nelas o seu ídolo.
Prefiro locar o DVD, acompanhar o que der pelo myspace e analisar muito bem quando terei a ousadia de enfrentar um martírio desse para ver o som que gosto de perto, mesmo na maioria das vezes não sendo possível ser tão perto assim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário