Tenho hoje até um certo alívio de falar que nunca pisei de verdade em uma boate. Não gosto de me submeter a ficar com cheiro de cigarro grudado no corpo e na roupa, isso me afasta muitas vezes de bons shows, que fico só no desejo, mas prefiro ficar em casa a me submeter a um desagradável ambiente, exceto oportunidades ímpares que me faz esquecer esses detalhes e dar as caras em algo que tenha um foco de interesse.
Não sei se é pior ouvir música eletrônica por horas a fio (gosto e escuto com moderação), estar pregado pelo terrível odor da nicotina, ou gastar uma boa nota por uma diversão que me parece muito fútil, onde se buscam coisas banais como encher a cara ou arrumar alguém pra trocar cuspes por alguns momentos, sem ter que ligar no dia seguinte, claro.
Sou caretão mesmo, alguma síndrome de velho eu tenho, porque pra mim juventude não se aproveita dessas formas, já para muitos...
Fiquei chocado, como não poderia deixar de ser com a morte de um cara mais novo que eu , assassinado brutalmente por outro, quase de sua idade. Com certeza um motivo bem estúpido, o típico: "vamos resolver isso lá fora!", com direito a arma de fogo, disparos, e uma vida a menos a sair do nosso mundo e entrar nas estatísticas criminosas do Brasil.
O que esses caras, com muitos parafusos a menos acham que irão resolver na porrada? Acha que chegarão ao estrelato, serão aplaudidos por todos? Irão receber o prêmio de melhor lutador de rua e dirão "queria agradecer a todos os idiotas que como eu curtem tirar uma satisfação com quem não se bica com você..."
O valentão não devia lembrar que uma câmera de vigilância poderia estar registrando tudo ali, também, quando sobe o sangue de machão, que infeliz iria lembrar-se disso?
Não quero jogar pedras em quem frequenta esses ambientes, eu particularmente não sou um deles e me sinto muito bem assim, se esse entreterimento me deixa com um pé atrás, as consequências me confirmam meus conceitos e valores.
Não falo só de boates, de bares também, seja buteco beira de esquina ou daqueles inflamados, quando me arranco para ir em um (raríssimas vezes), provoco algumas risadas por não beber álcool em hipótese nenhuma. Se tiver um fumante do meu lado então... não só não bebo como vou embora o mais rápido possível.
Agora vem a polícia goiana e passa um patrolão a torto e a direito, fechando a maioria das casas noturnas, bares e lanchonetes. Sem avará de funcionamento, é só conseguir uma peixada leve na prefeitura para abrir o estabelecimento sem nenhum problema, até se abrir um precedente como esse e as autoridades resolverem agir como nunca agiram por anos a fio. Acho que não é por aí, se funcionam sem legalidade devida, para começar não deveriam nem estar funcionando.
Nossa mídia, em pleno marasmo político, esportivo, de entretenimento, etc, comuns no mês de janeiro, ocupam mais páginas ainda com casos que nenhum sarcástico, espírito de porco ira querer ver, mas, se é violência que temos, é violência que veremos.
Citando Nenhum de Nós: "Por favor, me traga uma notícia boa".
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