Sou único, mas sou só mais um.
Nasci no mesmo dia que muita gente, mas meu gene é diferente;
Envelheço a cada dia, mas ganho maturidade a cada a avanço de idade;
Passo nos mesmos lugares, mas sempre descubro novas partes;
Avanço algumas casas, mas o dado pode não dar o número de forma clara;
Enfrento muitas dificuldades, mas as portas escancaram em oportunidades;
Conheço sempre pessoas novas, mas os defeitos se inovam;
Erro muito tentando acertar, mas o alvo pode mudar de lugar;
Me alimento de muitos aperitivos, mas me sacio com poucas mordidas;
Pedi novas chances, mas o que me foi dado foram experiências;
Acredito em piores dias, mas com maiores ousadias;
Melhoro minhas atitudes, mas acredito mais nas virtudes;
Planto sementes, mas a colheita só ficará fora da minha mente;
Terei filhos, livros e árvores, mas o maior legado não será esse;
Sou filho do maior amor do mundo, amor maior que tudo!
Blog do Paullo Di Castro
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Minha maioridade na vida ON LINE
Fui voltando uns anos atrás e lembrei um pouco dos meus
primeiros contatos com o mundo virtual. Era 1995, eu um molecote de 11 para 12
anos, e pela primeira vez na vida tive um computador em casa. Nem internet
inicialmente tinha. Minha irmã, bem mais sedenta por contatos extra pessoais,
era a titular do desktop. Eu me contentava em ficar com os horários que
sobravam, tomando contato com os primeiros navegadores. O Explorer estava se
lançando como a única opção. Windows 95 era a última palavra em tecnologia.
Bill Gates reinava.
Com os sites de busca, a desculpa por usar tudo para
pesquisa escolar era ótima. Era época do Cadê, o Google não tinha crescido
ainda. As enciclopédias virtuais eram interessantíssimas, um mundo novo em um
CD-Rom, coisas que hoje facilmente se hospeda em um único site ou se carrega em
um pen drive
A primeira conversa no ICQ, o percursos do já extinto
MSN, foi fascinante. Conversar com um colega em tempo real, entrar em salas pra
conhecer pessoas em qualquer lugar do mundo parecia um trem doido demais. E os
jogos? Nunca fui viciado, joguei muito moderadamente, mas os poucos que tinha
já me deixavam feliz!
Depois vieram as redes sociais, ah as redes sociais.
Demorou muito, lá pra 2003 que descobri o MSN. Foram listas incontáveis de bate
papo, mas que rendia mesmo só com poucos. Em 2004 veio o Orkut, que sensação!
Que mundo novo, com todo mundo entrando, aquelas pessoas que não via tinha
tanto tempo! Podendo postar fotos, deixar depoimentos, mensagens privadas, tudo
muito fascinante!
Em 2008 descobri o twitter, de longe minha rede social
favorita. Era muito legal exercer o poder da síntese, e passar mensagens em até
140 caracteres. A interação era muito bacana e a chegada de informações melhor
ainda. Um ano depois entrei no Facebook, não fui com a cara dele incialmente e
não imaginei que ele tomaria o lugar do Orkut, até em proporções maiores na
preferência do brasileiro.
Aí veio o Instagram e Whatsapp e revolucionaram
definitivamente a conexão móvel nas redes sociais. Em era de tablets e
smartphones o uso do Desktop e até de notbooks vai ficando em segundo plano.
São tantos elementos agregadores, novidades que desafiam as inovações dos
fabricantes, e segue “a tecnologia resolvendo problemas que não existiam antes
dela.”
Completar mais de 18 anos no mundo virtual trás reflexões
importantes. Qual o uso que tenho feito dele? Quando o lado profissional
atropela o real e passa pela futilidade de coisas inúteis, ao lado de coisas
interessantes e edificantes? São perguntas que não tem resposta certa, mas
provocam desafios para esses mundos tão paralelos e inseridos em nossa
sociedade. O tato e contato com as pessoas ainda não foi substituído. As
ferramentas tecnológicas seguem apenas como agregadores para nossa existência.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
A ditadura da IMAGEM
Vivemos tempos em que o trabalho em comunicação tem sido
transformado por uma nova abordagem que tem ocupado o espaço do texto
tradicional, ou mesmo de grandes reflexões em análises científicas e
literárias. Com o advento de mídias móveis, a facilidade do registro de um
momento por fotografia e filmagens, seja em baixa ou alta qualidade cresce a
olhos vistos, tudo muito acessível a todos. Agora é tempo de imagens serem
protagonistas em várias linguagens de comunicação.
As redes sociais com certeza são uma mola propulsora para
essa realidade. O Facebook cresceu em especial no Brasil com seu designer clean
e que privilegia a postagem de muitas imagens. Depois vieram mídias como o
Instragram, que prioriza totalmente o compartilhamento de fotos e micro vídeos.
O que temos visto é que vale mais registrar o visual, o conteúdo é o de menos.
Até o Twitter que sempre priorizou o texto em 140 caracteres, depois abriu pra
exibição de imagem anexa na postagem.
No whatsapp a sensação é passar os vídeos populares ou
feitos na hora, tudo bem rápido. Isso substituiu de alguma forma as correntes
de e-mail que tanto poluíam nossa caixa de entrada. Agora tudo chega direto no
celular em forma de vídeo. Outro ponto forte da rede é a instantaneidade do
bate papo com a praticidade que mídia nenhuma tinha conseguido criar.
Profissionais de criação gráfica passaram a trabalhar
agregando um pequeno texto a uma imagem, e isso com o apelo visual rende muito
mais visualizações que um texto corrido. Isso tem mudado e muito o marketing
digital. Jornalistas e articulistas tem perdido espaço em só usar a escrita. Em
assessorias de comunicação o que se tem pedido é uma enxurrada de fotos e
vídeos, e quando o assunto é muito importante, se pensa no texto de reportagem.
Por mais belas que sejam imagens trabalhadas e, por mais
fascinante que seja subir uma foto ou um vídeo na hora do acontecimento, a
pobreza de ter apenas um enunciado explicado o momento perde e muito na clareza
e riqueza de detalhes que só um texto pode trazer. Substituir o conteúdo
discursivo por meras imagens é um caminho preocupante.
Hoje o caráter argumentativo que internautas praticam rendem
muito mais meros comentários rasos em redes sociais do que o discurso
elaborado, com começo, meio e fim. A formação intelectual do indivíduo
empobrece com esse padrão de privilegiar imagem. Fotos e vídeos comunicam
diversas coisas, mas até elas dependem de um roteiro que se não for agregado
dará margens pra interpretações que poucas vezes vão comunicar todo o valor que
pode ser explorado.
Certas imagens pode até falar mais que palavras, porém em
um contexto geral, palavras sempre falarão mais que imagens!
sábado, 14 de dezembro de 2013
Reino, rock e sustentabilidade combinam muito!
É difícil sintetizar em um post o que foi a primeira edição
do Festival Rock no Vale, que aconteceu de 6 a 8 de dezembro no Acampamento
Jovens da Verdade, em Arujá, São Paulo. A minha conexão com esse evento
aconteceu há alguns anos.
Em 2010 fui com uma galera bem gente boa para a primeira
edição do SWU. A temática do festival me chamou a atenção tanto quanto o cast
das bandas. Era um sonho ver Dave Mathews Band, Rage Against the Machine e
inúmeros outros sons que faziam parte da minha vida, mas falar em
sustentabilidade em um mega festival de música era bastante instigante.
Passada as percepções daqueles dias, que você pode ler aqui,
me coloquei a pensar como fazia falta uma proposta desse tipo ser promovido por
cristãos. Para mim parecia um abismo a ser enfrentado a nossa realidade
teológica dividida em suas correntes inconciliáveis e o mercado gospel com seu
desejo de ser um segmento sem leitura abrangente. Mas três anos depois o que
parecia impossível aconteceu: Nós íamos ter enfim um festival de música que
falava de temáticas ambientais.
Quando soube pelas redes sociais que os malucos de Jovens da
Verdade (especialmente o Marcos Botelho) estavam encabeçando isso, fiquei
extasiado. Logo convenci minha esposa a irmos, de barraca e tudo e corremos pra
fazer a inscrição. Quando vi as bandas, a preocupação com o tema sobre o reino
de Deus com a criação, então percebi que era realmente o lugar que queria
estar.
Barracas, mochilão, colchonete barato enrolado, embarcamos
pra São Paulo e mesmo com atraso no vôo chegamos a tempo de arrumar tudo com
tranquilidade e curtir a primeira noite. Cerca de 70 barracas eram nossas
vizinhas de camping, tudo no belíssimo vale paulista bastante inclinado que é o
JV. A comida estava de primeira, e a vista de cima do refeitório compensava
todo o esforço de subir lá.
A primeira atração da noite foi Gustavo Esquivel. Não
conhecia o som, e vi que o camarada tem uma boa presença de palco, banda bem
entrosada, que esquentou a galera pro que estava por vir. Ariovaldo Ramos fez a
primeira de suas palavras já dando uma paulada santa sobre nossa
responsabilidade como filhos de Deus de cuidar de sua criação.
Depois veio o showzaço do Resgate, uma banda afiadíssima em
seu discurso, que é a cara do Rock no Vale. Letras que falam de um
relacionamento e um cotidiano muito mais relevante que uma vida vazia sem Deus.
Além de tocar todas as músicas cantadas do começo ao fim pela plateia, a veia
cômica da banda suaviza o ambiente. Os 4 “vovôs” mostraram que o rock não
envelhece! Depois veio o Oficina G3, que dispensa comentários, mas que com o
show atual do CD Histórias e Bicicletas promove um som bem mais pesado que os
fãs antigos estão acostumados e que quem não tem intimidade com rock pode até
assustar.
O desempenho de cada integrante é um show a parte, os agudos
belíssimos de Mauro Henrique casam cada vez melhor com o virtuosismo de
Juninho, a precisão de Duca, as maluquices de Jean, a eficiência de Celso e o
fora de série Aposan, que tem se revelado um baterista que extrapola todos os
limites do seu instrumento.
O dia seguinte começava tarde: Grupos de ideias se reuniam
9h, a única coisa que não animamos de participar. Depois veio o primeiro ciclo
de debates. O sol tava forte, mas não espantou um grande público sentar no
chão, nas pedras, matos e montanhas pra ouvir Ed René Kivtz. O Reino de Deus
chegou, e daí?
Era o tema que o pastor batista tratou. Entre a defesa da igreja
local para o cristão e até polêmicas sobre a acusação de ser universalista
foram tratadas, por cerca de duas horas, que não terminou quando deixou o
microfone e continuou atendendo quem estava perto e lhe fazia perguntas.
Após o intervalo de almoço, a segunda rodada dos seminários
traziam temas variados, e nós escolhemos algo mais específico, que foi ministrada
por Raquel Arruda, da ONG A Rocha, parceira do evento, sobre ideias para
igrejas sustentáveis. Não foi difícil constatar como o tema é pouco abordado
nas igrejas representadas ali, e que fica muito em cima de Gênesis, que é a
base Bíblica, mas que pede ações práticas que muitas vezes negligenciamos.
Mais tarde começaram os sons do palco alternativo. Algumas
bandas novas que foram gratas surpresas. Teve Cambrina que ouvimos pouco,
depois um sucesso do festival que foi a Simonami. Três meninas e quatro caras
que encantaram todos com sua singeleza de melodias, músicas em uníssono que
levam o povo a cantar. Depois o sucesso já comprovado do Combrie que voltariam
no outro dia.
No palco principal a coisa demorou depois do jantar, os
gringos do Gungor não terminaram a passagem de som enquanto não ficaram
satisfeitos com o som. Mas sem incidentes a galera esperou e não se arrependeu. Os americanos fizeram um belíssimo show, músicos muito competentes e boa
interação com o público.
Depois mais palavra de Ariovaldo, um cara que sempre
tem muito a dizer. A noite estava só começando, logo entraram os gaúchos da
Tanlan. Um rock gaúcho pra não deixar ninguém parado e mostrar outro belíssimo
som que talvez muita gente não conhecia.
A noite ainda reservava a simplicidade e postura impecável
de Juliano Son e Livres. O som pesado não mudava a postura de adorador do
líder, que fez a galera cantar bonito e esbanjou carisma. Pra fechar muito bem
a noite, a quase unânime Palavrantiga subiu ao palco, também entoando suas
canções pra todos cantarem todas as músicas. Marcos Almeida não resistiu e foi
cantar no gargalo com a galera. Ainda teve a “cereja no bolo”, que foi a
participação de Lorena Chaves em uma música. O horário passava do meio da
madrugada, mas ninguém ali parecia ter muitas dificuldades com o cansaço para
curtir muito aquele momento único.
O último dia começou também tarde pela maratona da noite
anterior, mas com boas surpresas pra curtir. Simonami voltou ao palco e testou
melhor a conquista do público, que cantava e pedia músicas como pra uma banda
veterana. Depois veio a estréia do trio Mahamundi, com um som bem interessante,
execução precisa e um ótimo presente dominical. Jasiel Botelho, presidente do
Jovens da Verdade deu um breve histórico da missão, que chegava em um momento
especial com a realização do Rock no Vale.
O encerramento ficou por conta da banda Crombie, que já tá
na boca da galera há muito tempo. Canções de fácil entoação deixaram a
despedida do festival mais saborosa. O clima agradabilíssimo do lugar, sem
drogas, sem álcool, preservando o meio ambiente. Vale lembrar a parceria
importantíssima da ONG Expresso Ação (nosso agradecimento especial para Juliana
e Deyse, pela carona ao aeroporto mais que providencial que nos deram).
Parabéns a toda equipe do JV, por proporcionar um momento tão especial para
todos os presentes, que tem a certeza que a forma de pensar reino, música e
sustentabilidade em nosso meio está fortalecendo uma vertente fidedigna com a
palavra de Deus. Vida longa ao Rock no Vale!
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Vida real, ou não!
Tá na boca do povo, seja falando mal ou falando bem;
Mais uma vitrine pra passar o show da vida... alheia.
Mesmo que isso seja uma grande maquilagem pra agradar os olhos;
O foco comercial desviado para o olhar curioso que bitola as mentes.
Por que se mirar nos outros e invejar algo que eles supostamente tem?
Eles tem a tranquilidade de ter a sua vida vivida pra si e pra quem ama?
De que vale ser a celebridade que tem que explicar o fim do relacionamento?
Pulando de braços em braços pra dar uma nota pro jornal publicar.
Ter em si os holofotes que não iluminam por dentro;
Pra quê lutar pela busca de afirmação midiática a qualquer preço?
Não é preciso perder a honra pra se alcançar sucesso profissional;
Abominável a exposição pela glória, tão falsa como uma cédula de dinheiro que nunca aparecerá.
Nesse mundo de máscaras encobrindo faces aflitas, a dor do coração estampa uma ilusório sorriso;
Um grito interno de atenção, de auto-afirmação, de um poder que logo dissolverá.
Um consolo afagado nas mais duras penas, um conflito baseado na sub-existência;
Fechados em seu próprio eu, abrindo ao mundo o que de pior se pode transformar.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Qual o sabor da pizza?
O resultado das apurações da CPMI do Cachoeira no Congresso Nacional, como era de se esperar as mais pessimistas previsões, acabou mais uma vez em pizza. Para alguns uma iguaria italiana, aperfeiçoada e melhorada no Brasil. Para a maioria, uma pizza bem amarga, daquelas que amadores e desastrados fazem, com a massa azeda, recheios vencidos, fungos e o que mais tiver direito. Tudo para dar a pior digestão que o povo brasileiro poderia experimentar.
Cada personagem principal teve seu sabor:
Pizza de Calabresa (Marconi Perillo): É a pizza mãe de todas. Sua tradição é a de se perpetuar no poder e se blindar pra sempre continuar no cardápio;
Pizza Quatro Queijos (Carlinhos Cachoeira): Essa fornece ingredientes para todas as outras. Sem seus queijos, poucas teriam a fartura que tem;
Pizza Napolitana (Demóstenes Torres): Mesmo se for unanimidade, se passar do ponto pode decepcionar, e ser a primeira a ser queimada;
Pizza de Mussarela (Fernando Cavendish): Essa é usada para dar fartura na refeição do freguês. Tem a relação mais estreita com a Quatro Queijos;
Pizza Pepperoni (Carlos Leréia): É uma pizza que fica mais no canto do cardápio, mas quando pedida tem muita coisa pra oferecer;
Pizza Marguerita (Wladmir Garcêz): É uma pizza secundária, mas importante para unir o tempero especial de outras. Está sempre ao lado das principais;
Pizza Frango com Catupiry: (Agnelo Queiroz e Sérgio Cabral): Juntos são imbatíveis, tem várias caras, e ficam ao lado de quem manda;
Pizza Moda da casa: Essa representa todos os parlamentares que compactuam com os escândalos apresentados, e com conchavos polítivos e receios da bomba estourar em seus próprios quintais, preferem assar tudo no forno a lenha e deixar o cheiro do orégano (dinheiro) atiçar seus paladares para mais. Dando nome aos bois, ou às pizzas:
SENADORES: Álvaro Dias (PSDB-PR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Jayme Campos (DEM-MT), Sérgio Petecão (PSD-AC), Sérgio Souza (PMDB-PR), Ciro Nogueira (PP-PI), Ivo Cassol (PP-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Marco Antonio Costa (PSD-TO).
DEPUTADOS: Carlos Sampaio (PSDB-SP), Domingos Sávio (PSDB-MG), Luiz Pitiman (PMDB-DF), Gladson Cameli (PP-AC), Maurício Quintela Lessa (PR-AL), Sílvio Costa (PTB-PE), Filipe Pereira (PSC-RJ), Armando Virgílio (PSD-GO) e César Halum (PSD-TO).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Dois pesos e duas medidas
O filme nós já vimos mais que "Lagoa Azul" na Sessão da Tarde: As eleições terminam e os governantes, especialmente reeleitos, preparam surpresinhas não muito agradáveis para os eleitores. O aumento de salário de prefeitos e vereadores são os mais corriqueiros, e também algumas medidas drásticas que apontam um claro compromisso financeiro além do orçamento anual.
Em Aparecida de Goiânia o natal teve presente de grego antecipado para os moradores da cidade. Na velha prática de legislação em causa própria, foi aprovado na Câmara e sancionado pelo prefeito Maguito Vilela (PMDB), um aumento de 65% dos salários do prefeito, além do vice-prefeito, vereadores e secretários.
Maguito vai passar a ganhar R$ 19.800, antes o salário era de R$ 12.000. O vice-prefeito deixará de ter R$8.000 e terá R$ 13.280 mensais em sua conta. Os secretários da prefeitura sairão de R$ 6.200 para R$ 10.540. Os vereadores catapultaram o próprio salário de R$ 7.400 para R$ 12.060.
Enquanto o bolso dos comandantes engordam, a cidade segue com seus profundos problemas de infra-estrutura, segurança, saúde e educação. Isso não é privilégio de Aparecida, claro, inúmeras outras cidades vivenciam a infeliz prática.
Como não bastasse a vizinha sofrer com a caneta das autoridades, Goiânia também passa seus pormenores com a administração pública. Um mico considerável foi a notícia do jornal O Popular dessa terça, 27, do cancelamento da ornamentação de luzes natalinas pela prefeitura esse ano.
O motivo seria a contenção de despesas para pagar as contas. Que contas seriam essas? O que poderia ter fugido do orçamento do ano? E isso logo após uma milionária campanha que reconduziu Paulo Garcia para o comando da prefeitura.
O prefeito pode até voltar atrás, mas o estrago já tava feito. O período era inoportuno para uma decisão dessa. As luzes são um marco para a cidade. Mesmo com opiniões contrárias, mexer no que é tradicional é muito delicado, principalmente em tempos de tanto descrédito do eleitor com a imagem dos agentes públicos.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
De volta pra casa
Dois anos de intervalo, um hiato doloroso para uma torcida que sofria por desastrosas administrações, jogadores que só comiam e dormiam, imprensa desconfiadíssima... Todo um cenário que só poderia ser revertido com uma nova concepção de administração, um planejamento bem executado e uma gestão harmônica. Aconteceu!
Em 10/11/12, o Serra Dourada recebeu um público histórico. Eram mais de 40.000 vozes gritando para um só time. Todo em verde e branco, a festa da torcida esmeraldina era de dar gosto. Tudo para ver o Goiás, após dois anos voltar à elite do futebol brasileiro. Um time com a torcida, estrutura e história que tem, não podia demorar mais pra competir com os grandes.
A formação do elenco foi cautelosa, a velha tática de pegar bons nomes que não estão tendo oportunidades nos grandes foi mesclada com novos valores de potencial. Tudo isso por um comandante novato, mas vivido no ambiente, discípulo de bons mestres. Era uma aposta, mas contra muitas desconfianças, minha inclusive, se revelou uma boa surpresa em época de técnicos arrogantes e ultrapassados.
A diretoria finalmente falou a mesma língua, com um presidente afiado com o manda-chuva Hailé Pinheiro e conhecedor profundo dos bastidores do futebol. Com essa afinidade, que não aconteceu nos mandatos anteriores, os bichos estimulantes pagos, o trabalho de injeção de ânimo na torcida, a chance de subir era muito maior.
Uma salvação para o ano do futebol goiano, que assiste tragicamente o Vila Nova patinar e se afundar mais na Série C, e o Atlético após uma brilhante temporada ano passado amargar a lanterna na maior parte da competição. Terão muito o que repensar, principalmente articular para ter uma direção coesa, comprometida com o profissionalismo e inovação na gestão, como aconteceu com o Goiás.
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