A sensação de "já vi esse filme", "eu falei que ia dar errado" "desse mato não sai coelho", foram alguns sentimentos de políticos, eleitores e a imprensa com a notícia que movimentou a cena política goiana nessa quarta-feira, dia 20. Vanderlan Cardoso declarou que estava saindo do PMDB, poucos dias depois de completar 1 ano na sigla.
A notícia não era de se espantar, mas deu muito pano pra manga. Depois da grande festa pra receber o novo afiliado no ano passado, no Centro de Convenções, se transformou em uma caminhada pelo estado que não teve o apoio da cúpula peemedebista. Por cúpula leia-se Íris Rezende Machado. O veterano líder, mesmo com derrotas significativas, não consegue renovar o quadro e permitir a ascensão de novas lideranças significativas.
Desde Maguito Vilela, que nos últimos 4 anos passou por um ostracismo pegando a batata quente da prefeitura de Aparecida de Goiânia, não existe mais nenhum nome que ocupe a cabeça de chapa do PMDB em Goiânia e no estado. Íris disputou todas as últimas 3 eleições para os cargos, alguns potenciais candidatos abandonaram a legenda, agora foi a vez de Vanderlan.
O precedente dessa filiação é de um passado muito recente. Henrique Meirelles era um nome forte, uma novidade que representaria a quebra do político de carreira pra alguém que tem no currículo a presidência mundial de um banco e do Banco Central do Brasil. Isso não foi o suficiente para a abertura de espaço. Íris atropelou esse projeto que estava bem encaminhado, para mais uma vez ir às urnas. Meirelles, como era de se esperar, não permaneceu.
O ex-prefeito de Senador Canedo chegou com afagos e muitas promessas, fala vibrante de Iris na filiação, juras de amor eterno. O discurso no desfecho foi de que Vanderlan precisava conquistar seu espaço. Por quanto tempo? Se ele seria o candidato de 2014, porque não já investiram na pré-campanha, fato que fez muita falta pra ambos em 2010? As perguntas ficam no ar, as consequências saberemos daqui dois anos.
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