Vivi uma experiência diferenciada e empolgante trabalhando dentro de uma campanha para o governo do estado. Parecia tudo muito grande para lidar, muitos desafios para vencer, tudo em larga dimensão, e sempre necessitando de um trabalho coletivo que estava muito além de nossas forças individuais, as decisões vinham de cima, e o nosso trabalho se limitava a um tanto, mas sempre fundamental para se fazer a coisa andar. Lidando com a imprensa no dia-a-dia então, sendo que representávamos uma força que era solicitada diariamente, precisava ser ouvida e pautar a imprensa, a séria e a que distorcia em favor de uma outra força.
Muitas coisas acontecem simultaneamente, e as informações chegavam e tinham que ser produzidas para fornecer um bom material e divulgar nosso candidato. A internet era uma força que agregava, e mesmo com um público em maioria de posição definida, através das redes sociais levava ao conhecimento do eleitor as ações e o perfil de quem representávamos. e com certeza fez o diferencial para se levantar novas opções em nossa política. O exemplo de Marina Silva, em um partido pequeno, e foi o fator do segundo turno, e na internet levantou uma legião que foi às urnas e incomodou a polarização que bancava a disputa sozinha até então.
Os limites entre ser um profissional e vestir a camisa com paixão são um grande desafio a ser controlado. Em um ambiente de tamanha disputa, a emoção sempre puxa mais que a razão, mas a busca pelo equilíbrio nos faz ter pés no chão, e colher os resultados que vêm, mesmo não sendo os mais esperados. Quando você representa um candidato que transmite seriedade, humildade e confiança de ser um político diferenciado, que não está ali simplesmente para agregar poder e ter viés econômico, mas para contribuir com a lisura e o êxito de sua vida fora da política, e na experiência de sucesso que já construíu nela, tudo isso torna a missão muito mais prazerosa, e com a convicção de que valeu a pena.
É difícil aguentar ataques contra o seu grupo de trabalho, ver vários factóides sendo plantados sem nenhum nexo, um exército digital batendo de todas as formas, mascarados em formas de falsas personalidades virtuais, plantando na cabeça de quem é menos informado mentiras e colocando uma imagem imaculada de outro candidato, ora vítima, ora pacificador, o que entra em contradição com esse vale tudo doentio pelo poder.
Fica o lado negro de se ver tanto vai e vem de apoios, gente que fez juras de amor eterno e terminou abraçado ao lado de outros. O lado bom foram que mostraram o caráter, ou a falta dele, e varrerem muitos do cenário eletivo, pois negociaram suas candidaturas em trocas de favorecimentos alternativos (cargos no governo, compensação financeira). Isso desanima, mas faz parte do processo de sedução que a política brasileira contrói. Bom é saber, e trabalhar para gente que destoa desse perfil.
A maior vitória é ter chegado até o final tendo enfrentado tantas incertezas, tantas especulações atormentadas, cada dia que seguia em frente era uma conquista, pois para muitos no dia anterior teria ido por água abaixo todo esse projeto. Não cabe aqui citar nomes, mas deixar registrado essa lição de vida, que vivi ao lado de colegas em maioria jovens como eu, recém saídos da universidade, de profissionais que já admirava, o que aumentou na convivência, entrando todos em uma luta de peixes grandes. Tendo chefes otimistas, que não deixavam a peteca cair, e nos motivava a cada dia dar o melhor de nós para o êxito político que seria dividido por todos.
Eu, e penso que muitos, fariam tudo de novo, pois foi um aprendizado e tanto, e uma proposta de mudança ousada, que levou ao conhecimento da maioria da população de Goiás uma nova alternativa de fazer política. É bom colocar a cabeça no travesseiro, e ver que seu trabalho foi em algo que acredita, e que trará dimensões que você nunca vai saber. E que venham as novas experiências!
Parabéns pelo grande trabalho, Paul.
ResponderExcluirFelicidades pra vc e pro Vanderlan.
Essa experiência vai te credenciar para entrar nesse universo, só peço a Deus que não te engula nesse processo e que a música seja sua veia principal porque eu sei que é isso que te motiva a comunicar. Beijo P!
Obrigado mana!
ResponderExcluirCom certeza se prosseguir no jornalismo político não deixarei a música e o universo cultural jamais! : D