Blog do Paullo Di Castro


terça-feira, 12 de outubro de 2010

SWU 3º dia


O último dia do festival que ousou aliar música e sustentabilidade, teve uma seleção de bandas eletrizantes, e com os problemas dos outros dias. Logo na entrada, um grande aglomerado nas bilheterias, como não tinha acontecido antes, mais de uma hora até passar nas duas catracas e ser revistado. Até que a galera segurou a barra bem, mais um ponto negativo para a organização. Após esse atraso, entrei e me deparei com o show que mais me despertava atenção no palco alternativo da Oi, o trio Autoramas mereceria estar no principais, mas desceu o som lá na tenda e divertiu muito os presentes com o rock performático e temático da banda. Perdi várias bandas do início, inclusive o Glória que queria muito ver, só deu pra pegar finalzinho do Yo la Tengo, parecia bem irreverente, altas viagens dos membros enquanto tocavam as últimas músicas. Aí logo cederam espaço para o que seria o Sepultura das origens. Iggor e Max Cavalera subiram ao palco brazuca depois de quase 15 anos, e mandaram o som novo do Cavalera Conspiracy, e claro, relembrando as pérolas da banda antiga. Era visível a alegria de Max, que empolgado incentivava altas rodas de hard core, que, claro, rolou em todo o show. Depois com a grande expectativa de ver o mostro sagrado das baquetas Mike Portnoy tocando com o Avange Sevenfoald. A banda também tem luz própria, e ver Mike tocando em um kit menos, com músicas mais curtas que o habitual foi simplesmente incrível. Depois entrou em cena o Icubus, que provou que não é banda de um sucesso só. Desfilou uma sequência de hits e deixou sua marca segurando a grande sequência de bandas power que viria.
Depois de uma pausa meio tensa por problemas técnicos, finalmente entrou Queen of the Stone Age fez um show fenomenal, não deixou ninguém parado, foi empolgante do início ao fim, e os membros da banda passavam isso de todas as formas. Foi estupefante! Ainda tinha que segurar um gás pro show do Pixes, que fez tiozão pirar de saudade nos anos 80, e a galera nova se esbaldar com o som vigoroso da banda. Black Francis nem falava com o público, missão que deixou pra baxistaKim Deal que volta e meia dava trela, deixando o ambiente bem descontraído.
O último suspiro de energia foi pra febre dos anos 90 Linkin Park. Pra mim, foi bom pra lembrar de boa fases da época, e nada mais. Não consigo curtir o vocal, e o show cheio de recursos eletrônicos substituindo a pegada orgânica não empolgavam tanto quem não curte de fato a banda, o cenário e as imagens eram um ponto forte, mas é claro que eles tem um repertório de responsa, e puderam levar muitos à loucura, fazendo a noite fria dar uma esquentada e deixar aquele gosto de despedida desses três dias alucinantes. Pra quem ainda tinha pique (ou fingia que tinha), ainda ficou no palco que virou pista de dança e ver o DJ Tiesto comandar a galera, nessa altura a cerveja e outras coisinhas não tão legais davam a forma pra divertir os doidos que ficavam até o último segundo.
O SWU é difícil de ser resumido, teve muito som bom, a realização de ver muitas bandas incríveis juntas em um só lugar, uma atrás da outra, não é uma oportunidade fácil. Já o conceito o festival esteve lá pra quem conseguir ver as estruturas que remetiam à vida responsável, sem desperdícios. Infelizmente era muito difícil acompanhar isso paralelo com os shows. Foi uma experiência no mínimo interessante, que pode ser melhorada e ampliada em sua essência.

2 comentários:

  1. Ótimo post, confirmou minha certeza de que se eu fosse eu tinha que ficar numa cadeira levitando a uns 5 metros da massa hardcore em baixo, mas deve ter sido uma boa experiencia, eu nao conheco muitos dos que tocaram mas me interessei bem pelo festival. Valeu TPM té mais.

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  2. Valeu Delki!
    Foi uma experiência incrível mesmo, meu sonho era levitar lá também, mas só restava aguentar de pé e curtir muito som bom! Te recomendo ouvir Dave Matthews Band, The Mars Volta, Incubus e Queem of the Stone Age. Foram os melhores shows.

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