Blog do Paullo Di Castro


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Suicídio

Goiânia teve a manhã dessa quinta-feira tumultuada com a notícia da morte de um dos mais bem sucedidos empresários de Goiás, que por muitos anos foi o proprietário de uma das maiores indústrias da indústria farmacêutica do mundo. A hipótese mais provável é de suicídio. Não quero nem citar nome (até porque a grande maioria sabe quem é), mas só refletir um pouco.
Parece que muito dinheiro na maioria das vezes não vem acompanhado de felicidade. No começo pode aparentar, mas logo se paga um preço muito alto, quando se prioriza o que era inviável tempos antes. Até porque quanto mais alto se chega, mais trágico pode ser o tombo. Mas não é bem por aí que quero enfatizar, o mais perplexo em tudo isso, e pensar em como se chega a uma situação extrema de tirar a própria vida.
O que se passa na cabeça de uma pessoa que comete suicídio? Ela não tem gente o suficiente para amar e ser amada? Será que passa o famoso "filme na" da pessoa? Mas se passa esse filme, nele não tem cenas boas o suficiente para se repensar a intenção de dar fim à própria vida?
Infelizmente conheci diversas pessoas que chegaram ao fim por vontade própria, a maioria jovens, talentosos, com muitos amigos (ou não), e com muito o que contribuir,
um guitarrista exímio que acabara de se formar em música na UFG e atirou-se de uma ponte no Setor Novo Horizonte em Goiânia, um jovem que tinha ótimo trabalho com os surdos, e com teatro e se jogou de um edifício comercial no centro da cidade, só pra citar dois, e não ficar mais complexo com isso tudo.
Deus nos deu a vida de presente, nela temos esse mundo para habitar, usufruir de tantas coisas boas, mas um coração triste, a falta de esperança, de perspectiva de vida, pode ser o caminho para uma atitude sem volta.

Um comentário:

  1. Definitivamente ninguém se suicida porque, como dizem normalmente, a vida estava uma 'bosta'.
    Os fatos que vc apresentam indicam isto, Paullo. Podemos observar também que pessoas que passam por provações financeiras ou afetivas duras não se suicidam. E outros com tanto...

    Enfim, a causa não estaria nisto.

    Mais ou menos na mesma data que você e com outras motivações, eu escrevi algo sobre o mesmo assunto: http://ensaiosdepaz.blogspot.com/2010/09/suicidio-almas-que-se-acham-em-busca-da.html

    Vamos continuar refletindo nisto?

    JD.

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