Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 19 de março de 2010

Duas semanas em pauta

Depois de intermináveis duas semanas sem postar, volto ao meu sagrado canto para descarregar a relevância do que achei mais importante nos últimos dias. Vamos lá:

Glauco:
Violência, fanatismo religioso, prestação de contas? Vários ingredientes cabeludos cercaram a morte desse cartunista que marcou época nos anos 80 na revista Chiclete com Banana e depois nas suas tirinhas na Folha de São Paulo. O personagem Geraldão não existe mais, e pior, o playboy que assassinou o cartunista e seu filho, tenta fugir para Paraguai, e confessa o assassinato a sangue frio, várias versões contraditórias, e poucas razões. Cadu deve ter problemas psíquico. O caso ainda vai se prolongar muito.

Canedense:
O que esperar de um estádio acanhado, de uma cultura provinciana, de uma polícia despreparada e jogadores com sangue quente? Só poderia ter dado pancadaria, e no único jeito do Vila Nova aparecer nas manchetes nacionais. O futebol goiano cresceu o nível técnico em campo, e fora dele ainda passa vergonha em todos os goianos. O pior é a impunidade, o campo da Canedense logo estará liberado, o prefeito de Itumbiara vai escapar ileso, e a polícia vai continuar operando para coibir o torcedor e afastar os grandes espetáculos das arquibancadas.

Bruno (Flamengo):
Depois do mico da cara de decepção ao não levar o prêmio de melhor goleiro do Brasileirão de 2009 (veja aqui.), despreparo emocional e psicológico desse jogador é de dar pena. Defender um companheiro de time, mesmo que seja o Adriano que só faz burrada fora de campo, tudo bem, mas falar "quem nunca chegou até a sair no tapa com mulher?", faça-me o favor! Azar da mulher que apanhou dele e não o denunciou. O Flamengo com jogadores como Bruno, e o "Império do Amor", não consegue ter sucesso que poderia dentro de campo pelos problemas causados por esses personagens fora dele.

Arruda/Nardonis/Belo:
Cada juiz uma sentença, e de fato a justiça brasileira vem surpreendendo a todos. Os tribunais superiores, que tanto ganham bem, agora começam a impetrar ações que satisfazem a indignação popular, independente do colarinho branco. Ver o ex-governador do DF ser o primeiro de expressão no executivo a ficar atrás das grades, sem mandato, sem direitos políticos, ver o casal Nardoni sem conseguir nenhum relaxamento de prisão é de se animar com a sempre morosa justiça. O cantor de água oxigenada escapou agora de continuar com a vida restrita, mas já pagou bem, e continuou ganhando dinheiro mesmo preso. Tudo isso será bom se principalmente servir de exemplo prático para quem pensa em cometer crimes como esses indivíduos.

Marconi:
o vice do senado segue firme e até agora sozinho em uma pré-candidatura consolidada ao governo do estado. Foge do caso CELG, Niemeyer do jeito que pode, e visita as bases para se fortalecer, agora com o nome de Vanderlan ganhou mais uma preocupação, mas continua no perigoso caminho do já-ganhou, feito pelo PMDB em 98, que culminou na derrota para o próprio. O mais irritante são seus fiéis seguidores, dispostos a tudo para o reconduzirem ao governo, e claro, serem recompensados mais pra frente.

Vanderlan:
Por essa poucos esperavam, mas o prefeito de Senador Canedo chegou para ficar, tem que primeiro convencer o próprio partido, depois outros anti-iristas e anti-marconistas e o máximo possível de lulistas. A terceira via pode enfim ser um fator que determine a eleição, e saia da bipolaridade que se reveza no poder do estado por vários anos. Mas o desafio é árduo, Vanderlan precisará de muita desenvoltura no interior, um marketing forte e uma coligação bem unida. Sua história empresarial e os dois mandatos em Canedo o credenciam para a disputa, no mínimo para ser uma opção diferenciada para o eleitor.

Íris:
O maior expoente da política goiana não se decidiu, o vai-não vai é constante, só se vê agora um partidário dizer que ele sai candidato, depois vem outro e afirma que não sai. Isso deve durar até o fim do mês, e para mim poderia se descartar agora. Já está tarde para todas essas decisões, que pesam deixar a prefeitura e correr o risco de mais uma derrota no fim da carreira. Agora um fator que realmente atrapalha a decisão atende pelo nome de Lula. Íris não se define, principalmente por não ter o apoio do presidente, de ter o risco de dividi-lo no palanque com outro candidato. Henrique Meireles quer brigar pra ser vice de Dilma e não voltará atrás, ficam poucas alternativas para o PMDB, apoiar Rubens Otoni é o mais viável.

Guerra ao terror:
Um filme de americanos, feito para americanos, e sobra um pouco para o resto do mundo curtir. A temática de guerras sempre é delicada, principalmente com os EUA de protagonistas. Mas quando se leva para uma perspectiva mais humanitária, como o filme aborda em certos momentos, é mais relevante para se mostrar a peleja. O caso do Iraque é intragável até hoje, Bush fez o que quis e Obama fez o que prometeu não querer, mesmo levando Nobel da Paz. Resta curtir uma boa produção, e esquecer tudo o que está por trás dela.

Assembléia Legislativa:
Dias tensos vive a casa de leis do estado. Em clima de pré-candidatos, e duas CPIs polêmicas, envolvendo muito dinheiro. As investigações correm muito lentas, sem solução, sem estudos conclusivos, e vão jogando a sujeira para debaixo do tapete, as eleições se aproximam, e aí é que as coisas não caminharão.

Risadaria:
Um coletivo do humor, juntando vários feras do assunto, por iniciativa do ótimo Paulo Bonfá. Foi entrevistado no Programa do Jô (que não deixa o entrevistado falar, mas quando é bom como ele fala!) Brilha desde os Sobrinhos do Ataíde, depois Rock Gol na MTV, agora junta uma nova geração como Marcelo Adnet, e vira tudo uma grande diversão. Os shows solos são ótimos, stand up rende muito, mas quando se juntam várias forças a alegria é maior. Homenagens mais que justas à lenda viva Chico Anísio e Glauco. E viva o humor brasileiro! Sem ele é muito mais difícil viver nesse país.

Ibsen Pinheiro:
Polêmica, é a primeira coisa que se pensa com essa lei. O Rio de Janeiro contra o Brasil. Monteiro Lobato, nos anos 20 gritou que o petróleo era nosso, agora, ao invés disso, vemos os cariocas amedrontados por perderem o bolo completo e ter que dividi-lo entre os estados. Uma solução pacífica, com uma vantagem maior para o Rio poderia ser uma boa saída, mas na guerra de egos, e de milhões em royalties vai ser difícil de se encontrar uma saída, mas que os cariocas poderiam olhar um pouco menos para o próprio umbigo, isso poderiam. A riqueza é nossa!

Fórmula 1:
Voltou com tudo a maior competição do automobilismo mundial. E para variar, nosso melhor brasileiro superado só pelo seu parceiro de equipe. Mas esse ano, apesar de novas regras que podaram muito o desenvolvimento dos carros, o calibre dos pilotos em disputa promete muitas emoções. A volta de Schumacher é um ingrediente a mais na disputa pelas pontas com Alonso, Haminton, Button, Rubinho e Massa. É bom ver a estréia de Bruno Senna e a inevitável lembrança do tio dele, maior corredor de todos os tempos, de uma época em que a Fórmula 1 era mais apaixonante para os brasileiros. Mas dias melhores virão, o Brasil já passou da hora de ter o título. 2010 pode ser o ano!

Guns'n Roses:
Axl Rose junto quem queria, demorou o tempo que queria, fez o disco do jeito que queria, e o resultado é ouvir a gloriosa banda dos anos 90 em uma versão duvidosa. Sim, lá no fundo eu queria ir ao show e ouvir sucessos que marcaram minha adolescência, mas sem Slash, Duff, e Matt definitivamente não é a mesma coisa. Bandas como Charlie Brown Jr, Engenheiros do Hawai, Oasis, dentre outras cujo líder deixa seus companheiros saírem e insistem em continuar levando o legado que era coletivo e passa a ser individual, são de mal gosto. Tanto que algumas não duram muito tempo. Voltar a formação original em troca de uma turnê rentável é mais digno que levar o nome de uma banda em cima de uma só pessoa.


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