Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Príncipe encantado da Câmara


O que você acha de dar um emprego de mordomo para um bandido? Ou dar um de motorista particular para um viciado em rachas automobilístico? Ou de cozinheiro para um guloso compusivo? O estrago será grande, com certeza. O que dirá de se dar um cargo de corregedor da maior casa legislativa do país para alguém que possui um castelo de riqueza assombrosa em pleno interior de Minas?

Não fui nem eu nem você que o colocou no cargo, só colocamos aqueles que em seus costumeiros conchavos e trocas de favores confiaram-lhe a missão de investigar os colegas contra qualquer ato de quebra de decoro parlamantar.

Grande parte do Brasil nem conhecia Edmar Moreira, mas agora já nos sentimos íntimos de casa... Aquele império isolado de tudo e de todos estava à venda, não estava em sua declaração de impostos, se tratava de uma doação para seus filhos, mas o pagamento das taxas públicas de uma doação jurídica não existiam, para que mexer com tanta burocracia? Era só um castelinho!

Como segundo vice presidente, ele teria direito ao cargo, mas com um histórico desse ainda foi assumir o primeiro? É muita picaretagem pro meu gosto.

E como quase todas as incríveis descobertas das falcatruas dos nossos representantes, o buraco sempre é mais fundo! O homem não cumpre obrigações trabalhistas em suas empresas, tem muito o que se explicar na justiça.

Quando vemos espécies raras como essa ocupando um cargo de alta responsabilidade, o que podia ser uma luz contra a ilegalidade da trapaça política, transforma-se da noite para o dia de promotor para réu condenável.

O DEM pediu o afastamento, o presidente da casa idem, não lhe resta outra coisa a não ser pedir o boné, infelizmente só da corregedoria. Outras mamadas de teta ele ainda dará, enquanto vai explicar o inexplicável na justiça.

O melhor seria ele dizer que fez o castelo pra netinha brincar de bonecas...

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