Com certeza foi meu seriado favorito na TV, e até hoje assisto quando tenho chance, mesmo já tendo visto trocentas vezes, o Chaves ainda é a inocência em forma de crítica social e humor puro que melhor já foi criado. Um dos chavões do programa (com o perdão do trocadilho!), era o Quico chegar com um brinquedo novo, ou comida e ir esfregar na cara do Chaves: "Olha o que eu tenho, e não te do-ou!"
Saindo do programa que sempre segurou as pontas do SBT, e falando de seu xará repugnante, sempre fiquei de orelha em pé de qualquer aproximação de Lula com o ditador Hugo Chavez, desde a presença do imperador venezuelano na primeira posse do presidente brasileiro, em 2003, era um cenário mais lógico, a ideologia esquerdista até então do PT comportava bem essa aproximação, assim como a de Fidel, trocando altas figurinhas com o companheiro José Dirceu.A política econômica de Lula mudou, aliás, ficou quase a mesma dos anos FHC, a lógica era um distanciamentos dos países esquerdistas, pelo contrário, a aproximação foi maior, assim como um diálogo e acordos com os EUA se manterem firmes, tudo ao mesmo tempo, com a incrível capacidade lulista de falar no Fórum Econômico de Davos e no Fórum Social Mundial no mesmo ano, em poucas horas de diferença! Haja pluralidade no discurso!
Essa semana o Brasil fez um investimento assombroso em estrutura militar. Cerca de 36 ou 38 aviões caça foram encomendados para serem feitos na França, e servir ao Brasil em breve. O Brasil fabricaria entre 10 e 15 para o governo francês. Falaram se em investimento de 10 bilhões da parte brasileira, e de 500 a 750 milhões de euros pela França. Os números não se divulgam de forma oficial, alguns impasses para serem resolvidos, mas uma coisa é certa: Um mega-negócio está por vir.
O governo causou um mal estar, tanto diplomático, como da opinão pública, e recuou em bater o martelo com os franceses, afirmando que um processo licitatório estava em aberto, possivelmente para abafar o preferência por negociar com Nicolas Sarcozy, e vender novas naves da Embraer em contrapartida.
É difícil pensar em uma utilidade real para tanto poderio aéreo pelo Brasil. Esse acordo comercial tem profundos interesses econômicos e políticos. A Defesa de um país como o Brasil pode ser frágil, principalmente pelo tamanho da nossa costa marítma. Mas esses investimentos só podem atender uma lógica de indústrias bélicas, e de intimidação entre os países que melhor se armarem.
Não bastou o Lula anunciar essa compra, seu muy amigo Chaves tratou de fechar com a Rússia a compra de mísseis, carinhosamente apelidados de "foguetinhos". Acho que rolou uma inveja dos brasileiros aí, além de outra tentativa de cutucar os EUA, que passaram a utilizar bases militares da Colômbia e irritaram o presidente vitalício da Venezuela.
O jogo de interesses promete novos capítulos, o baixinho arrogante da Coréia do Norte que se cuide, os países estão se armando, para promover a paz mundial é que não é. Com que dinheiro o Brasil fará esse investimento? O pré-sal não deve dar esse lucro todo.
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