Só me resta falar novamente de tecnologia, com tantas mudanças fervendo a economia e nossa sociedade. Agora a bola da vez é o polêmico hábito já incorporado pela maioria dos internautas (do qual eu raramente faço parte, ainda insisto em contribuir com o artista que gosto comprando seu CD). Em uma decisão da justiça paranaense, foi proibido o uso dos softwares que era mais usados para se baixarem músicas.
A França já se mostrou mão-de-ferro nessa questão, a Inglaterra pensa em fazer o mesmo, mas como o mercado de lá é bem maior, acho difícil essa decisão prevalecer, assim como no Brasil.
Os artistas ficam divididos sobre o assunto, existem aqueles que já lidam muito bem com a realidade e sabem tirar proveito disso, como. Outros pensam que a troca livre de músicas deve ser controlada, justo em uma semana que decidiram que as eleições de 2010 teriam espaço democrático na internet, restringir outra prática virtual pode pegar mal.
A venda dos CDs já não são a maior renda de um artista a um bom tempo, nesse espaço, aqueles que sabem usar a web para a divulgação de seu trabalho se dão bem, vide o fenômeno Malu Magalhães, se fosse depender de CD, ela jamais teria estourado. As bandas já consolidadas, devem abrir espaço para dialogar com seu público, cativando-o a encher os shows e faturar os prêmios consagrados da mídia.
O recurso de se pagar o que achar justo pelas músicas baixadas é interessante. O artista que cativar o ouvinte vai ter um retorno certo, quem não abrir o bolso não vai desfalcar tanto o criador.
Os direitos autorais é um assunto muito delicado, e com a proteção jurídica devida. Por isso é fundamental que sejam autorizados tudo o que se for disponibilizado na internet. Os artistas precisam abrir a cabeça para que sua música chegue ao público sem restrições de ordem econômica, porque ninguém investe naquilo que não se quer.
O assunto ainda vai dar muito pano pra manga, as gravadoras, que por tanto tempo tiveram a maior fatia do bolo, vêe, uma luz no fim do túnel para sobreviverem, se chegarmos a um equilíbrio de artistas se promovendo e lucrando, público tendo acesso ao pluralismo musical e gravadoras divulgando as bandas (em menor proporção), sairem ganhando, a indústria fonográfica respirará com mais alívio e todos terão acesso justo ao elemento que é fundamental na vida do ser humano: MÚSICA!
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