Mais uma megafusão vem aí, depois das gigantes das bebidas se unirem, agora é a vez dos outrora concorrentes Sadia e Perdigão fazerem qualquer frigorífico ficar como um galinheiro!
Eu, que tenho minha família em grande parte residente em Jataí, viajo muito ao sudoeste goiano, passando inevitavelmente em Rio Verde, que antes era mais conhecida por abóboras (brincadeira, a pecuária e agricultura que sempre foram fortíssimas ali).
Mas a cidade deu uma reviravolta, quando lá foi construída uma fábrica monstruosa da Perdigão, que abriu muitas portas de trabalho para a população, os pouco qualificados da cidade não atendiam, e nem os de fora, se não tiver formação para atuar onde precisa, não adianta esse papo de oásis do emprego. Muitos devem se lembrar do estrago que causou uma reportagem do Globo Repórter, o que fez muito peão pegar um ônibus para a cidade e superpovoar a rodoviária, precisando a prefeitura intervir para mandar aquela gente de volta ao lugar em que nunca deveriam ter saído.
O fato é que essa fábrica mudou a vida da cidade, um anel viário foi erguido em frente a entrada, com a pista duplicada, o que dificilmente gera engarrafamento nos horários de pico, visto o vasto número de funcionários indo e vindo e dividindo a pista com os muitos caminhões e carros passantes, dia desses deu um problema em uma caldeira lá e aí o inferno tava anunciado, se não funcionar igual relógio, a ciosa complica. O que pode virar aquela potência com o patrimônio quase duplicado?
Na minha opinião, esses negócios enormes que unem concorrentes nada mais é que a crise econômica de seu tempo. As últimas fusões, ou compras, ou cisão, que aconteceram refletem bem um período de estiagem financeira. A AmBev foi fruto disso. Unir Antártica, Skol, Brahma, etc, era algo impensável. Os refrigerantes indo junto. Fiquei com dó da Kaiser e da Schincariol. Aos trancos e barrancos, vão tentando devorar umas às outras no mercado.
A da aviação foi pior, foi uma desmontada comprando uma quebrada para depois morrerem abraçadas. A VARIG e a VASP, isso depois de ter a TAM como maior rival, que tantos problemas sofreu, e foi a única sobrevivente, disputando egoisticamente com GOL e mais recentemente AZUL!
A telefonia até desanima falar, o apetite das poderosas parecem não ter fim, depois do governo largar o serviço, deixa pras privadas se degladiarem, comprarem umas às outras, fora que a maioria nas mãos de estrangeiros e deixam, claro muita confusão na cabeça dos consumidores, se perguntando qual o serviço que não o vai deixar reclamando com um call center e se sentir falando com as paredes.
A força internacional que terão é indiscutível. Aqui os efeitos podem não ser tão bons. O órgão responsável, CADE ainda não autorizou, mas a Brasil Foods vai chegar para deixar mais poder nas mão de menos. As marcas continuaram com o seus nomes, mas lá atrás sempre vai mudar alguma coisa que irá mexer drasticamente em nosso bolso.
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