Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Ah, o saber!



É tão bom desbravar conhecimentos, aprofundar nas ciências que notórios estudaram por afinco para nos deixar um legado intelectual, muitas vezes de fácil acesso hoje. É ótimo tirar tempo para produzir uma ciência em forma de letras, dando corpo a um escopo que pode ser imaginário, mas se concretiza em uma obra produzida no aprendizado.

Mas existe uma frustração quando se está absorvido na academia: O mundo passando lá fora. O nosso tempo não é o mesmo para fazer o que gostaríamos. É claro que, com as ferramentas que estamos adquirindo, retornamos mais preparados para fazer acontecer. Hoje em dia o dinamismo das coisas dificilmente nos deixa privados de conciliar, mas dependendo da disciplina imposta, podemos abdicar de quase tudo. 

Aí entra um elemento complicado: Estamos dispensando oportunidades para ganhar outras. Cada vez mais me convenço que tempo fundamental é o de dedicação máxima aos estudos. Se quando mais jovem parasse para pensar em poucos anos que poderia investir e colher logo depois, minha vida acadêmica teria sido muito diferente, mas nunca é tarde para "arrepender-se", ou ir atrás de chances que foram mais difíceis anteriormente.

Complicado ter a paciência de perseverar e lembrar que a colheita vem adiante, não que seja sempre boa, mas dará algum resultado. Quanto mais coisas deixamos engavetadas, mais podemos fazer depois de estar melhor preparados. Basta não desistir. Atender uma demanda de competitividade, agressividade e imediatismo do que nos cerca não é nada fácil, mas é preciso encarar. 

Sou grato por quem investiu em mim, me fez ver que dar um passo de cada vez é preciso, sem andar mais que a perna permite, mas nunca ficando parado. Melhor é estar levemente apressado do que predominantemente ocioso. Poderia encontrar melhor equilíbrio, mas enquanto estou agindo, melhoro a perspectiva de ser relevante por onde ando. 

O saber é sagrado, a ignorância, em amplo sentido, uma desgraça! Posso me equivocar, mas sabendo que tenho algo em que me escorar, e não viver de ideias jogadas ao vento. Não apenas ser relevante para mim mesmo para depois ser para outro, mas buscar a sensatez e aplicar o conhecimento a medida que caminhamos. Influenciar pessoas é maravilhoso! A responsabilidade é grande, para isso é preciso se preparar, mesmo que dure um tempo que custe a passar, mas trará resultados que não tem preço a se pagar. 


É preciso sabedoria para não ir com muita sede ao pote. Antes de querermos mudar o mundo, mudemos a nós mesmos! Reinventando e nos transformando em alguém que tenha mais com o que contribuir. Em poucos anos faremos muito mais que em vários errando mais que acertando. Sempre compartilhando, o que retemos para nós pode nos ser útil, mas será mais valioso se for repassado e ser relevante na vida de outros.

2 comentários:

  1. Sim, Paullo. É um objetivo excelente sermos úteis enquanto estamos no caminho... e com maior eficiência é melhor ainda.

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    1. Vamos nessa caminhada meu caro, e obrigado por compartilhar comigo desses momentos atualmente.

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