Terminou mais uma temporada da versão brasileira de um dos realitys shows de maior sucesso no mundo. O Ídolos 2011 chegou ao fim apregoando mais uma vez que o Brasil elegeu o seu novo ídolo, legado que tem deixado nos últimos anos, e fica a pegunta: Qual é a relevância desse legado para nossa música e cultura?
Aproveitando o ensejo de uma bela crítica feita pela minha amiga Janaína Rocha em seu twitter, penso no quão superficial é toda essa fórmula televisiva que arrebanha milhares de pessoas desejosos de ter o seu lugar ao sol em nossa música. Mas o sol que eles pegam é aquele escaldante enquanto aguardam nas imensas filas durante as audições.
O recurso mais atrativo para o grande público é justamente a antítese do sucesso: O ridículo. Como bem brinca a sátira do programa feita pelo brilhante Tom Cavalcante, os candidatos toscos, que vão para se expor de maneira tragi-cômica, fazem mais sucesso que as brilhantes vozes que ainda passam por lá. no youtube bombam os vídeos dos candidatos mais cafonas e trashs quanto possível.
As figuras que compõe a bancada são distintos e bem sucedidas personalidades da música. Marco Camargo é o que permanece desde a primeira temporada, e com um grande rei na barriga, despeja antipatia e falta de tato em várias ocasiões. Luiza Possi, nascida em berço de ouro, mas com luz própria, faz a voz da sensibilidade do juri, com papel que pouco acrescenta para o resultado final, e por fim, a figura antológica de Rick Bonadio, desgasta o seu nome já ligado a lançamentos extremamente forçados no mercado. Cada um no seu quadrado, e sendo enquadrados em um formato ultrapassado e de mal gosto.
Pegando carona em sucessos do momento como o sertanejo universitário, o programa bate na mesma tecla incansavelmente, sulgando e exigindo perfis de execução quantitativa no mainstream. O final apresentado nessa última quinta-feira foi um show... de horror! Alongando o máximo possível para dar o resultado, dramatizando o tanto que a chatice de Rodrigo Faro era capaz.
Nos convidados do encerramento, para reforçar o estilo favorito, nada melhor que o quase sem voz (como disse sabiamente a colega Sara Borges em seu facebook) Zezé di Camargo e a marionete Luciano, além de da graciosa mas de roupa duvidosa Cláudia Leitte, tiveram a capacidade de colocar o outro produto da emissora (mais um enlatado) que consegue ser pior em todos os sentidos que o Ídolos: Os atores bonitinhos, dublê de cantores da versão brasileira do Rebeldes. Pra amenizar tanta calhordice, Lulu Santos mostrou que alguém ali tem uma carreira sólida, de seriedade, e contado com uma super banda, com o sempre fantástico goiano/tocantinense Xocolate na bateria.
cheers for you!
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