Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 18 de março de 2011

Japão


Terra do Sol Nascente, o outro lado do mundo, o povo que come com pauzinhos, gente de olhinhos riscados, que sempre parecem um com o outro, assim como com os chineses, coreanos e adjacências, cultura milenar, arquitetura ímpar, artes marciais, tecnologia de ponta, especialmente em eletrônica.

Esse é um resumo da imagem que sempre tive do Japão em minha infância, uma terra marcada por esteriótipos, particularidades, e que despertava em todos grande curiosidade. Parecia um mundo muito diferente do nosso, trópico-ocidental, um universo paralelo, que servia pra nos apresentar um novo modo de vida, e com uma identidade cultural imensa.

Entre as características do Japão, destacavam-se a formação de ilhas, a geologia e o problema crítico do espaço, ou melhor, a falta dele, as placas tectônicas sob o país que volta e meia colidem provocando temores em diversas escalas. Isso acarretava em diversas catástrofes naturais, mas há muito tempo não tinha algo como o que tem acontecido nesse mês de março. A combinação de tsunami com terremotos, e possivelmente a que maior terá sequelas: o vazamento de energia nuclear.

Culpar a quem? Negligência do homem? Força da mãe natureza? Castigo de Deus? Obra do acaso? E o que isso arrumará do que foi estragado? E olha que estamos falando de um país que se reergueu de bombas nucleares, recomeçando praticamente do zero duas cidades devastadas aí sim, pela pura ganância e burrice humana.

Sim, os governantes e a sociedade terão que repensar o modelo de muitas coisas, desde o uso de energias renováveis, passando por habitação e segurança radioativa. A prevenção pode evitar novas possibilidades de tragédia, porém jamais serão suficientes para controlar toda (re)ação natural. As possibilidades sempre superarão a capacidade do homem de cuidar e se impor no meio ambiente.

O que você pode fazer pelo Japão? Muito pouco provavelmente, mas com certeza dará sua contribuição se simplesmente orar, pedir a Deus pelos milhares de desaparecidos, pelas famílias enlutadas, e por um recomeço, assim como foi a mais de sessenta anos atrás, resta-nos aprender mais uma vez uma grande lição dessa nação tão especial. Amanhã o sol nascerá outra vez!

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