Blog do Paullo Di Castro


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A espera de um final feliz



Viver sob regime ditatorial faz soar como um disparate enorme, em tempos de novas tecnologias, adventos inclusivo das telecomunicações, os Direitos Humanos, de ir e vir e de opinião. Um agravante maior, é a coação de um povo, que são pilares da humanidade, de conteúdos milenares e decisivos para a formação de povos ocidentais e orientais.


Já são duas semanas de protestos contra o presidente Hosni Mubarak, 30 anos irredutíveis no poder, gerando até o momento mais de 300 mortos. Os EUA como sempre, tentam interferir e usar a influência que já não é a mesma de tempos atrás. A política salarial é a pauta maior de reivindicação da população, porém, não a mais séria, não maior que a liberdade comprometida do povo egípcio.


Jovens incansáveis fazem plantão no centro da capital, Cairo, ao lado de cenários de tanques de guerra, O responsável pelas negociações, o vice Omar Suleiman, parece se mostrar flexível, mas teme um Golpe de Estado. Uma situação de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Não se retira a força militar com medo de represálias, nem se interrompe as manifestações enquanto o presidente não fizer a transição de governo, ou mudar radicalmente questões políticas pontuais.


Privando por dias o acesso a internet, e as coberturas jornalísticas limitadíssimas, não podia ser diferente o clima de tensão alcançando todos os cantos do mundo. A luta por uma democracia concreta no país ainda vai longe. Qualquer manobra política pode acomodar o regime para não se mudar quase nada, e toda manifestação e mortes serem em vão. A conferir.

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