É
chegado mais um natal, e com ele toda a nossa tradição de aliar as datas
festivas, os símbolos do consumismo, as reuniões de família, guloseimas e,
talvez como última na lista de prioridades, lembrar o nascimento de Jesus. Nesses
dias, a nossa agenda tem sido mais ocupada por qual dessas opções?
De
fato, mesmo em uma sociedade cristã, enfrentamos muitas barreiras para ressoar a
lembrança genuína que o natal representa, em meio a outras vozes que tomam conta
da ocasião, fruto de anos de uma lógica de mercado predadora, que vê nesses
dias sua melhor oportunidade de lucro, de empregos temporários e uma aparente “trégua”
de enfrentar os problemas cotidianos.
O
menino Jesus é deixado meio de lado, lembrado mais em cantatas pela cidade, nos
cultos das igrejas, montagem de presépios (muitas vezes com várias distorções dos relatos
nos 4 evangelhos), e nos lares que ainda preservam a súplica e ação de graças a
Deus. Vivemos uma inversão de valores perigosa, que tem como maior consequência
a formação de uma geração que se apaga aos desejos materiais, e não aprende a única
fonte que pode saciar nossas vidas.
Por
outro lado, eis aí a chance de ouro de anunciarmos Cristo: uma ocasião em que a
sensibilidade e tolerância se afloram, mas que esconde uma vida arrebentada por
desgaste moral, depressão, solidão e outras formas nocivas contra o ser humano
que também aumentam nesses dias. Pessoas que precisam urgentemente saber das
boas novas que é a única capaz de nos livrar do mal que nos rodeia dia e noite!
Muito
mais que a mensagem de paz e unidade que o mundo propaga, temos a mensagem
única dAquele que se fez homem e habitou entre nós (Jo 1.14), apesar de sua natureza
Divina, se esvaziou para levar o peso dos nossos pecados (Fl 2.6) e completar o
chamado anunciado pelos profetas (Is 54.4), e venceu a morte para nos dar a
vida eterna (I Jo 5.11).
Não
esqueçamos de falar do menino Jesus! Podemos nos alegrar, confraternizar, dar e
receber presentes, ter uma farta refeição, mas, antes disso tudo, que nossa
prioridade seja falar da obra e sacrifício de Cristo por nós. O Salvador veio!
Não deixe de compartilhar o que realmente importa que vivamos nesse e em todos
os outros dias!
“Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, pois
nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas
foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo
subsiste. Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o
primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. Pois foi do
agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude, e por meio dele
reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as
que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.” (Cl 1.15-20)
No
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.