Blog do Paullo Di Castro


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Que cidade construiremos em 4 anos?


Foto: Hélio de Oliveira

Findou-se mais um processo eleitoral. Com ele um dos mais disputados pleitos que Goiânia já viu. Depois de 2012 ter sido um processo esvaziado (nem Íris nem Vanderlan podiam concorrer, pois estavam vindo de dois mandatos consecutivos), e sem nenhum figurão pra acalorar a disputa. O caminho ficou livre pro sucessor de Íris, Paulo Garcia, ter a vitória. Agora o cenário é outro. Dois velhos adversários mediram forças. Venceu o de mais história.

Não querendo entrar no mérito do atual nem do próximo prefeito, coisa melhor pra ser feita ao final de dezembro, depois de um processo tão acirrado, com concorrentes carimbados tentando convencer um eleitor desacreditado, com altíssimas abstenções e votos brancos e nulos, agora fica a pergunta: O que pode ser feito no mandato que vem aí? Pelo próximo prefeito?! Não! Por nós!

O cidadão que não chama a responsabilidade para si pelo zelo, fiscalização, promoção da cidadania e educação em sua cidade, não pode esperar nada de um governante eleito. Enquanto dependermos de assistir parados e reclamar das gestões que deixam a desejar, pouco poderá ser feito de prático para nos beneficiar. A força que transforma uma cidade não pode vir de cima pra baixo, mas na contramão disso.

São tantas iniciativas populares, coletivas ou individuais que podem ajudar a melhorar a cara da nossa cidade. Coisas simples, como apoiar o uso da bicicleta como alternativa para nosso caótico trânsito, já que o transporte coletivo não atende bem. Muitos dos quilômetros de ciclovia que surgem acompanham a demanda de mais pessoas pedalando.

Tantas escolas, igrejas, associações e outros agrupamentos podem juntar forças para mudar a cara do seu bairro. Iniciativas culturais são uma ótima forma de unir o útil ao agradável, e reforçar os talentos desenvolvidos à serviço de todos. Para mais apoio na área da cultura, precisamos de mostrar a cara e atrair investimentos do governo e da iniciativa privada.

Esportes ocupando lugares que nem precisam ser os mais apropriados, mas podem despertar o apoio de quem se interessa em ter a imagem ligada ao setor, Pra isso, ver um monte de menino jogando bola, mesmo que em uma praça improvisada, pode ter um efeito melhor que o esperado.

E no social? É inegável como podemos mover alvos que parecem impossíveis, mas com a aglutinação de mais e mais pessoas, temos o privilégio de ajudar a outras pessoas, amenizar e até mudar realidades difíceis. Idealismo demais? Não quando a gente vê um sorriso em quem antes não tinha motivo para fazer isso.

É digno trabalhar, usufruir de lazer e gastar tempo consigo mesmo e com a família. Mas avançaríamos muito mais como sociedade se esse tempo fosse dedicado um pouco mais pelo próximo. Não precisamos esperar o prefeito fazer isso. Com a autoridade que lhe é confiada ele pode fazer muito, é claro, mas também pode ser pautado pela mobilização de seus munícipes em prol de algo que vale a pena.

4 anos é tempo suficiente  pra fazer muita coisa por Goiânia! Vamos nessa?!


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