O aumento do preço nas bombas dos combustíveis nas últimas semanas é o motivo maior de dor de cabeça dos goianos, em pleno período de declaração de Imposto de Renda, de promessas não cumpridas de campanha (quem falou que iria reduzir o ICMS nas eleições e fez exatamente o contrário quando sentou na cadeira maior do Palácio das Esmeraldas?), estradas esburacadas, impostos superfaturados, transporte coletivo defasado (motivo que não o faz querer largar a condução própria), o maior ônus para a preocupação do consumidor é a viabilidade de abastecer seu veículo.
E a culpa é de quem? Motivos são apontados aleatoriamente, falam do o costumeiro período entressafra, pós-chuvas, falta de um componente de etanol anitro, a crise sem a mesma produção da matéria-prima, aí o efeito cascata fica montado: dos usineiros para as distribuidoras, das distribuidoras para os postos de combustível, e da bomba para o bolso do contribuinte, como sempre a maior vítima.
E como o maior atingido pode se manifestar? Em Natal, arrumaram um interessante jeito: Abastecer por 10, 50 centavos, ou outro valor baixo assim, e ainda pedir o cupom fiscal, para que a emissão do mesmo traga prejuízo aos postos. Nas redes sociais, a mobilização é de menor efeito, mas já traz informação e conscientização para o crime que estão cometendo para com o cidadão.
Como a Petrobrás, empresa que por tantos anos foi a menina dos olhos do Brasil, sempre em destaque nos investimentos da Bolsa de Valores, pode repassar em tão pouco tempo um aumento tão abusivo para o seu consumidor que lhe dá a maior parte de sua renda? Se pegarmos o faturamento da mesma em 2010, não cabe a idéia de que uma suposta crise na produção a tenha forçado a reajustes dessa natureza.
Não ser bem atendido dignamente no transporte público, não ter espaço apropriado para o uso de bicicletas, não ter incentivo algum para o não-uso do transporte individual, e o pior: em plena véspera de feriado, ver nos postos de gasolina um aumento no meio do dia, sem aviso prévio, outro aumento abusivo.
Todo esse cenário não tem explicação plausível, quem está faturando com isso, seja governante, cartel de cadeia produtiva, ou quem quer que seja, oxalá que um dia pague caro pelo que agora todos pagam caro.
O culpado realmente é o Governo que deixa a BR Distribuidora sem concorrência no Brasil e taxa em 54% do valor do combustível em impostos e taxas. O gasolina brasileira é comprada pelos argentinos e vendida lá pura, sem aditivos, a um preço menor que no Brasil.
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