A semana em que mais se faz conta, imprime papéis e se corre de medo do ano. O prazo final para a declaração de imposto de renda faz ferver todos os contribuintes, exceto a minoria realmente prevenida e honesta.
É inegável as dificuldades de se contribuir e submeter às taxas dos inúmeros tributos e impostos que chegam a consumir cerca de 40% da renda do brasileiro do ano. Com tanta coisa reprimida na receita, tanto pessoas físicas, como empresários só vêem uma saída para aliviar a situação: sonegar impostos.
Algumas empresas só prosperam porque acham várias saídas para não declarar tudo o que movimentam, principalmente em relação ao funcionarismo. Pagar legalmente e depositar a previdências e os outros direitos podem trazer muito ônus ao empregador, e para ele, dar um jeito de maquiar isso é um caminho mais fácil.
O empregado sofre, se submete a receber X e ter declarado Y, por pressão do patrão, e o claro medo de perder o emprego. Os acordos por baixo do pano parecem uma melhor saída. E o governo, é claro, não consegue controlar a veracidade das declarações.
O pior comportamento típico de brasileiro é deixar as coisas pra última hora, e ainda contar com a boa vontade de contadores, uma classe bem sofrida, que dificilmente tem prazer no trabalho, ainda mais cuidando da vida financeira alheia. Cuidar da nossa já é ruim.
Trabalhei como agente de pesquisas em um órgão federal, e trabalhava junto aos contadores, para coletar dados de empresas no comércio e de serviços. O que via de empresa sonegando, e de contador inventando informações não era brincadeira. A má vontade deles ainda completavam o caminho penoso em busca de dados verdadeiros. Claro que tem muita gente séria, empresas que condizem com sua realidade, mas a banda podre se sobressai.
A realidade dificilmente muda, a máquina pública cobra mais e fiscaliza menos que deveria. E ficam elas por elas, no fim todos pagam um alto preço.
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