Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 16 de abril de 2010

E se fosse com você?


Já se vão mais de 200 dias da morte trágica da publicitária Polyanna Arruda Borges, até hoje não desvendada, os culpados estão soltos, e a polícia parada.
Em setembro de 2009, Polyanna, como jovem publicitária de sucesso, sócia de uma agência com fantásticas iniciativas sociais e empresariais, entrou em seu carro para ir à Universidade Católica (PUC) de Goiás para dar mais uma palestra aos alunos, como já havia feito com brilhantismo na noite anterior, e foi encontrada várias horas depois em um matagal na região Norte de Goiânia.
O laudo apontava seis tiros no corpo na publicitária, marcas de estupro e possível intenção de furto do veículo. Tudo de uma brutalidade sem tamanho, que não tinha precedente nenhum para acontecer, a não ser marcas da violência urbana que não pára de crescer.
Em setembro do ano anterior, a vítima de outro assassinato em Goiânia foi Pedro Henrique, jovem advogado morto sem motivo maior por um policial militar. Nossos jovens, por mais que tenham uma vida correta, de integridade e bom caráter, como Pedro e Polyanna, não tem mais nenhuma segurança, e podem ter sua vida tirada sem motivo lógico.
É impossível imaginar o que passa na cabeça das famílias em casos assim, da esposa e do esposo das vítimas que perderam para sempre o parceiro que seria da vida toda nos primeiros anos da relação. Jovens de vinte e poucos anos, qualificados e com tanto para viver, acabando a vida assim.
Em dezembro, o caso de Polyanna já havia esfriado, e foi feita uma passeata cobrando das autoridades maiores providências. 5 meses depois nada foi feito, a Polícia Federal, que tem muito mais estrutura e serviço de inteligência qualificado não entra no caso, enquanto a Militar não avança nas investigações.
Não podemos deixar esse caso cair no esquecimento, a justiça não trará Polyanna de volta, ela está ao lado do mesmo Deus em que acreditava, mas quem fica aqui não pode ter sua vida em jogo por causa da impunidade, se isso é o mínimo para coibir seres sem coração a matar, que seja feita com rigor, e acima de tudo com justiça.

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