A Music Television Brasil, que entrou em nosso país junto com os anos 90, exibindo um clipe de Marina Lima cantando Garota de Ipanema, chega aos 19 anos trabalhando a cultura pop e a ainda sendo a maior referência musical para gerações de jovens brasileiros se plantarem em frente à TV e escutar novidades de seus artistas preferidos.
A minha adolescência, toda antes da era de internet popularizada e redes sociais borbulhando, não tinha melhores opções do que as FMs e suas músicas dançantes exaustivas, além da rede de canal fechado mais assistida pelos jovens, momentos de descobrir um universo musical na sua sala deixa boas lembranças.
Houve tempos muitos bons, VJ´s que deixaram saudades (Sabrina Parlatore, Cuca, Gastão Moreira, Thunderbird, Fábio Massari, Zeca Camargo, Carla Lamarca e Sarah Oliveira, dentre outros), programas memoráveis, entrevistas reveladoras, aproximação com o showbizz que nenhuma emissora de TV aberta fazia.Essa famosa frase do título, gritada por Caetano Veloso em plena apresentação ao lado do ex-Talking Heads David Byrne na premiação da emissora (sobre o VMB, falo mais aqui), foi um belo retrato do que a MTV virou e deveria ter acordado a muito tempo, e continua patinando com pouco progresso cultural e de entretenimento de qualidade.
Como saudosismo não leva a nada, deixo os pontos positivos atuais da emissora: Marcelo Adnet, grande e promissor talento, as diversas agregações ao mundo virtual, o aumento da participação direta e indireta dos telespectadores, humoristas de potencial (Hermes e Renato, Dani Calabresa), programas com discussões mais fundamentadas, com o Debate e experimentalismos na identidade visual.
Deixando a desejar, destaco a prioridade para muito programas e clips da matriz americana. Os programas sobre sexo, que desde sempre são de apelo que passam dos limites, principalmente com conselhos de pessoas promíscuas e de pouco embasamento científico e cultural. O desafio de informar uma legião de jovens deve ser levado com mais responsabilidade, sustentando um boca suja como o João Gordo, com mais de 10 anos de casa, não é o caminho.
Boa! Parabéns pelo texto, "onde é que eu assino?"
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