Ocupou lugar de destaque nos noticiários nos últimos dias, capítulos tristes de conflitos entre alunos da maior Universidade pública do Brasil, a USP, contra a reitoria, a polícia, o governo, uma mistura de segmentos organizados e de aproveitadores em todas as esferas. Violência se confundia nos propósitos e abordagens. A ocupação da reitoria que terminou na prisão de 70 alunos nessa terça-feira deixou uma pergunta, por que causa realmente eles lutavam?
Três estudantes de Geografia pegos fumando maconha no estacionamento, realmente não aparenta ser o agravante de toda essa balbúrdia, mas levantou alguns pontos relevantes. A presença da Polícia Militar no Campus se faz necessária. Imagine uma cidade universitária do porte da USP, com seus milhares de alunos circulando o dia todo, gente de várias índoles. Mesmo sendo uma elite acadêmica, a aglomeração dessa proporção sem um controle razoável de segurança é mais que imprudente.
O fator de droga ilícita é um buraco mais fundo. Todos sabem da presença dela nos corredores, bares, bosques, e vários ambientes dentro e nos arredores de uma Universidade. O ato de uma autoridade flagrar o consumo, nada mais é que o cumprir a lei do nosso país, que não dá direito a um chilique, muito menos a uma manifestação que ocupe a reitoria e paralise várias atividades. Abuso da polícia ao meu ver não existiu, mas continua sendo um ponto delicado a abordagem e repreensão dentro de um ambiente de ensino. Exige-se investimento e muito preparo das autoridades.
A representatividade de movimentos estudantis hoje é uma piada. Não entrando no mérito da UNE, acomodadíssima nos anos que o PT ocupa a presidência, me lembra de um exemplo prático relatado em uma reportagem da revista Piauí de outubro. O ministro da Educação, Fernando Haddad, estava em Curitiba, saindo de uma reunião a caminho de pegar um avião para Porto Alegre. Vários estudantes o abordaram, agrediram o veículo. Questionado sobre as reivindicações, e quem era a liderança do "protesto", não houve resposta concreta, tudo era vazio e sem propósito. Isso é militância pela educação?
Triste ver a que ponto chega um movimento tão vazio ideologicamente e sem fundamentos conscistentes. Os desafios enormes que já passam a educação no país em seus níveis básicos, ainda precisa voltar os olhos para um monte de mentes que já deveriam ter criado juízo a muito tempo, e aparecem em mídia nacional da forma mais exdrúxula, lutando pelo nada, que em nada irá beneficiar a eles mesmos. Depredando patrimônio público, feito para eles usufruírem, com certeza não se produzirá ações que atendam a um pseudo interesse de uma minoria.
Muito bom o seu texto! Concordo PLENAMENTE!!!
ResponderExcluirTantos apontam a falta de mobilização real na atualidade. Dai, sem cunho ideológico justificável, nasce a revolta sem causa.
ResponderExcluirPediram policiamento no campus. Mas não querem ônus, só bônus.
Povo acostumado a não ser ouvido aprendeu a não falar nada mesmo quando sabem que serão ouvidos.
Boas reflexões, Paullo! Adoro vir à Feira, hehe.