Ano de Copa do mundo já é tradicional vermos nossos representantes no legislativo e no judiciário aplicarem o tempo que querem para um recesso mais demorado devido a realização dos jogos. É fato que o Brasil pára, as repartições públicas, durante os jogos param, a iniciativa privada também. Mas, porque parar antes e depois?
O vereador Iram Saraiva apresentou um requerimento pedindo a antecipação do período de recesso na Câmara Municipal de Goiânia, segundo ele "é para que a agenda de trabalhos legislativos não se choquem com os jogos da Copa e assim evitar ausências de parlamentares e conseqüente frustação de pauta, frisa o vereador".
Muito relevante a preocupação, imagina o grande número de parlamentares faltosos, sessões sem quórum, matérias atrasadas, mas o problema se resolve liberando todos e não implantando mecanismos que obriguem os parlamentares a estarem em plenario? Vai entender...
No judiciário então, o buraco é mais fundo. São dois meses de férias anuais, o que já causava revolta de muitos, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, defende a manutenção, e diz que juiz não tem hora para trabalhar, muitos trabalham fim de semana. Mas novamente, a solução melhor não é uma reforma no judiciário, para que se tenham mais juízes e meios de se fazer os processos correrem mais? Em vez disso ficar dois meses de folga parece que vai resolver alguma coisa.
Os legisladores em causa própria continuam olhando o próprio umbigo e se esquecendo de priorizar o contribuinte que lhe paga o recheado salário. E pior vir logo em seguida as eleições, quem tem ou não mandato sendo absolvido integralmente para o pleito que decidirá os próximos anos, e que deixem o agora para depois.
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