Blog do Paullo Di Castro


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Chove chuva, chove sem parar...


O fenômeno da natureza de maior impacto na sociedade, com certeza não é terremoto, furacão, tsunâmi, nem outros de maior repercussão e esporadicidade. O que realmente mais mexe com as famílias, com as cidades e com o governo são as tradicionais e frequentes chuvas.
Não falo de chuvas de granizo, nem de meteoritos, mas sim aquela que todos conhecemos: a boa e velha água caindo do céu, a única coisa que cai em pé e corre deitado, o que faz a alegria dos trabalhadores do campo, refresca nosso calor tropical, lava a poeira acumulada e deixa os meninos felizes ensopados brincando nas ruas, sem pretenção de parar de jogar bola por causa da água que insiste em cair.
Vivemos na última semana, o que é frequente em todo final e início de ano. Muitas famílias perdem vários móveis, eletrodomésticos e as próprias casas, em decorrência de desmoronamentos, encostas e enchurradas. Passar o natal tendo todo o patrimônio destruído deve ser uma tristeza inexplicável; um presente que ninguém quer.
Entra ano, e sai ano e as manchetes não mudam muito: centenas de reportagens sobre os estragos causados pelo excesso de chuvas. Agora o destaque maior são os desastres em plena metrópole paulista: Quase duzentos quilômetros de encarrafamento, as principais marginais da cidade sendo invadidas pelas águas transbordando dos rios Pinheiros e Tietê, mortes e prejuízos a perder de vista.
Me pergunto a que ponto os governantes priorizam a prevenção dessas catástrofes. O maior problema está nas bocas de lobo nas ruas, e o lixo que elas recebem, então, o problema é da população também, será que somos educados o suficiente para não jogar lixo na rua enquanto passamos, seja em veículos ou mesmo a pé? Pelo que vejo a minha volta, com certeza não!
Temos poucos exemplos de ações governamentais que solucionam o caos de determinado lugar, na Avenida T-9, na região nobre de Goiânia, sobre o Córrego Vaca Brava, onde uma evacuação de 3 metros de abertura nunca segurava a demanda de águas, quebrando muros de um clube vizinho e enchendo o asfalto de cascalho. A prefeitura fechou o lugar e colocou uma aberturta de 20 metros para escoar a água interna. Quando se tem vontade política, as coisas acontecem.
Um problema social seríssimo, e que está ao alcance somente das autoridades, são as áreas de riscos, construções precárias que uma hora ou outra vão abaixo, e não recebem a devida atenção antes de acontecer o pior. O despreparo de famílias que não tem condições de uma moradia digna, e improvisam materiais totalmente inadequados para uma habitação, o governo pouco faz para tirar essas pessoas de lá e oferecer alternativas viáveis para as mesmas.
Os problemas continuam, as chuvas não irão parar, ano que vem acontece tudo de novo, com poucas novidades, espero que na Conferência de Copenhague, essa pauta seja relevante e o Brasil e demais países tomem medidas eficazes para amenizar essa situação.

Um comentário:

  1. Reflexo das ações antrópicas, o planeta já esta cansado e pede um basta, até onde o homem precisa chegar para entender que o mundo não anda normal!

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