Me lembro com saudosismo de um dos meus programas de infância favoritos: ir ao Zoológico. Não gostava tanto como ir ao Mutirama, pra mim a melhor obra do nosso atual prefeito Íris Rezende, juntamente com o Centro de Convenções. No parque, os brinquedos eram mais atrativos que os bichos. Mas mesmo assim o encanto da fauna sempre povoou meu imaginário.
O tempo passou, fiquei muitos anos sem ir visitar o grande espaço do Setor Oeste conhecido também como Horto Florestal. Certa vez, a pedido da minha irmã, levei meu sobrinho para visitar os bichinhos, o moleque ficava fascinado, aprendendo os nomes de alguns mais exóticos, e outros ele tinha o orgulho de mostrar que sabia o nome. Mas eu estava um tanto decepcionado com a precaridade daquele lugar, muito lixo, muita construção com cara de abandonada, era algo bem diferente de anos atrás.
No final de julho, uma instabilidade começou a pairar naquele lugar. Uma grande atração era um belo casal de girafas, trazidos a pouco tempo, quando foi noticiado que uma morrera. Não foi dada muitas explicações, e a partir daí uma série de problemas foram apontados, e a prefeitura decidiu fechar a visitação do público para uma ampla reforma. Hoje, a outra girafa morreu, mais uma vez a interrogação paira sobre os responsáveis.
Mas o que estaria provocando tantas mortes no zoológico? Seria uma infecção terrível, não descoberta pelos especialistas? O diretor de lá, Raphael Cupertino, sofre com tantas explicações a serem dadas sobre essa situação. Não sei se convém julgar que o rapaz é muito novo, mas no mínimo o Zoológico deveria ter uma representação forte para ser cobrado as mudanças necessárias.
Em vários anos foi discutido a mudança do local, o fato é que estar entre o Setor Oeste e Setor Aeroporto, passando pela Avenida Anhanguera, com os enormes ônibus jorrando tanta fumaça, com tantos carrros circulando na Alameda das Rosas, não é propício para um ambiente de verde e de vários animais distintos. A área de Jardim Botânico em Goiânia foi cogitada várias vezes para abrigar o Zoo, mas nada foi feito concretamente, precisaria de uma mortandade em massa para as autoridades tomarem providências?
Um patrimônio desse nível não pode ficar abandonado como está. Nossas crianças e toda a sociedade precisam desse espaço para o lazer.
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