2015 começou quente, mais quente pra evaporar nosso
dinheiro que no clima. O pacote de aumentos de impostos colocados pelo governo
federal pegaram o já minguado bolso do brasileiro de surpresa. Mês de janeiro de
tantos gastos com a chance de passear, a compra de material escolar, dentre
tantas coisas e de presente de ano novo recebemos reajustes exorbitantes na já
onerosa carga tributária.
O clima de instabilidade no país vem se arrastando por
todo o conturbado ano de 2014. A Copa do Mundo de Futebol trouxe a festança que
se esperava, o mundo todo com os olhos para nós, com as obras superfaturadas e
sendo entregues a toque de caixa e o circo armado para o Brasil concluir com
chave de ouro em campo. Os 7x1 para a Alemanha mostrou o tamanho da vergonha
que o povo brasileiro reflete com tanta corrupção em todos os setores da
sociedade.
As eleições vieram com as figurinhas repetidas de sempre.
A morte trágica de Eduardo Campos parece que minaram uma ponta de esperança de
alguma renovação. Veio a reeleição da presidente, contra seu oponente que
carregava toda uma oligarquia e nenhuma novidade. As políticas sociais e os 12
anos de poder foram o suficiente para garantir mais 4 anos para o PT.
A conta sempre chega depois da festa. A que o Brasil (o
brasileiro) está pagando agora é muito cara. Vemos um anúncio de enxugamento
enorme, cujo desconto só pode ser debitado no bolso do contribuinte. O mesmo
que não vê benefícios retornando para ele. O mesmo que não tem saúde pública de
qualidade, educação como prioridade, segurança garantida, etc.
Em meio ao caos da administração pública, em todo o mundo
temos as expressões de “protesto” extrapolando limites. Charlie Hebdo quer
liberdade de expressão mas não respeita quem se expressa sem atacar. As
consequências são as piores. Sangue inocente sendo derramado. Se dois povos não
falam a língua um do outro, não é uma ilustração ácida que vai ajudar isso a
melhorar.
Na Indonésia um brasileiro é condenado por tráfico de
drogas. Nenhum pedido diplomático poupou a vida dele. Aqui no Brasil, se pego,
ele estaria jogado em uma unidade do sistema carcerário, em uma cela minúscula
com bem mais detentos que sua capacidade. Em qual lugar sua vida seria menos
valorizada?
Vivemos com medo. Medo de perder o emprego, medo de
aumentar os impostos e termos que cortar até despesas prioritárias, medo de não
termos o Artigo 5 da Constituição Federal respeitado. Se formos mais longe, até
medo de expressar nossa fé. Não faltam motivos para ter medo. Sobram motivos
para não ter paz.
Nossa esperança definitivamente não pode estar em homens.
Somos corruptos por natureza, e, uma vez no poder, nós somos usurpadores. É
preciso outra perspectiva para enfrentar tanto revés. A mesma fé perseguida por
alguns é uma esperança. Deus nos criou e nos colocou como mordomos desse mundo.
Se não cuidamos dele, sofremos as consequências. Doa o tanto que doer.