Blog do Paullo Di Castro


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Homenagem à Luciano Prais Carneiro


Dor, saudade, tristeza, esperança, lembrança e gratidão. São os sentimentos tomaram conta de mim em 24 horas, após receber a notícia da partida de meu amigo de infância, parceiro de ótimos momentos em nossa igreja, cara que admirava como atleta, como músico, como ser humano e acima de tudo: Como um vencedor. E vencedor não só por ter enfrentado tantas adversidades, mas por mostrar sua fé, otimismo, bom humor e determinação para superar todos os grandes desafios, não importasse quais fossem.
Luciano sempre foi um cara humilde, tratava todos por igual, e tinha um jeito cativante que despertava nos outros uma empatia imediata devido a essa personalidade, e não por qualquer outra coisa.
Com 23 viveu uma vida que muitos com o dobro, o triplo ou quatro vezes essa idade não conseguem aproveitar, cada conquista e aprendizado refletiam em uma alegria ímpar, contagiante, que ele levava a todos que encontrava.
Múltiplos talentos, não bastasse o triatleta exímio, dedicado e cheio de superações que foi, na música também despontava um faro especial, primeiro se destacando com a complexidade do violino, depois o violão, a guitarra, a gaita, dentre outros foram seus parceiros de inspiração e também louvor a Deus.
Como explicar uma alegria de viver dessas, se não por Deus, o Autor da vida, que enviou o Luciano para transmitir seu amor e suas maravilhas em forma de gente, que mesmo falho como todos os outros, tinha uma luz diferenciada, que irradiava os ambientes em que estava.
Ao lado dele, não seria a mesma coisa se não tivessem pais maravilhosos, que abdicavam do que fosse preciso para acompanhar o filho em cada jornada, contornando os próprios problemas de saúde, e lutando juntos em cada desafio, uma irmã que lhe apoiava sempre, uma família super carinhosa, que de diversas partes do Brasil e do mundo manifestavam apreço, uma noiva que esteve com ele em vários momentos e nunca esmureceu, e amigos que de diversas formas manifestavam o carinho e admiração por essa pessoa incrível.
Cada passo da intensa luta que ele deixou dos dois rounds da última guerra que travou estão eternizado em seu blog e quem sabe em outro espaço mais pra frente. Em qualquer momento ler qualquer um de seus posts ensina uma grande lição para cada um de nós, e a maior lição é o amor de Deus por seu filho, que transpareceu em todos os momentos da vida do Luciano, em cada vitória, em cada tribulação e sempre mostrando um ser humano exemplar, e para sempre estará em nossas melhores lembranças.
Saudades de você, amigo, do Léo Duarte, se foram tão jovens, mas sei que cumpriram bem o propósito de suas vidas, e na eternidade nos encontraremos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Suicídio

Goiânia teve a manhã dessa quinta-feira tumultuada com a notícia da morte de um dos mais bem sucedidos empresários de Goiás, que por muitos anos foi o proprietário de uma das maiores indústrias da indústria farmacêutica do mundo. A hipótese mais provável é de suicídio. Não quero nem citar nome (até porque a grande maioria sabe quem é), mas só refletir um pouco.
Parece que muito dinheiro na maioria das vezes não vem acompanhado de felicidade. No começo pode aparentar, mas logo se paga um preço muito alto, quando se prioriza o que era inviável tempos antes. Até porque quanto mais alto se chega, mais trágico pode ser o tombo. Mas não é bem por aí que quero enfatizar, o mais perplexo em tudo isso, e pensar em como se chega a uma situação extrema de tirar a própria vida.
O que se passa na cabeça de uma pessoa que comete suicídio? Ela não tem gente o suficiente para amar e ser amada? Será que passa o famoso "filme na" da pessoa? Mas se passa esse filme, nele não tem cenas boas o suficiente para se repensar a intenção de dar fim à própria vida?
Infelizmente conheci diversas pessoas que chegaram ao fim por vontade própria, a maioria jovens, talentosos, com muitos amigos (ou não), e com muito o que contribuir,
um guitarrista exímio que acabara de se formar em música na UFG e atirou-se de uma ponte no Setor Novo Horizonte em Goiânia, um jovem que tinha ótimo trabalho com os surdos, e com teatro e se jogou de um edifício comercial no centro da cidade, só pra citar dois, e não ficar mais complexo com isso tudo.
Deus nos deu a vida de presente, nela temos esse mundo para habitar, usufruir de tantas coisas boas, mas um coração triste, a falta de esperança, de perspectiva de vida, pode ser o caminho para uma atitude sem volta.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ele fará falta!


Me pegou de surpresa, assim como para todos os fãs, a notícia da saída do batera Mike Portnoy, após 25 anos, da banda em que fundou e fez história no rock progressivo mundial, o Dream Theater. O cara cuidava de todos os processos da banda, era visível a influência que ele exercia no resultado final, assim como o guitarrista John Petrucci.
Mike influencia em todos esses anos uma legião de bateristas, ávidos por verem a fera sentar no seu mostruoso kit (que são 2 ou 3 em um), e tocar os longos temas da banda, cheios de virtuosismo, pegada forte, velocidade, e muito rock'n roll!
Em nota no seu Facebook, o batera disse: “Vou escrever algo que eu nunca imaginei que escreveria: depois de 25 anos, decidi deixar o Dream Theater, a banda que eu fundei, liderei e amei por um quarto de século”, em seguida justificou que queria dar um hiato na banda, depois de todos esses anos precisava recarregar as baterias por um tempo tocando outros projetos, como o Avenged Sevenfold (que ele defendeu que não foi o motivo da saída. Como os outros integrantes não concordaram com essa pausa, o resultado foi a saída inesperada de Pornoy.
Músicas como Instrument Medley, Metropolis, As I am, Overture e tantas outras marcaram época com as baquetas desse gênio. É muito difícil pensar em substituto para Mike, o que ele fez ninguém fará, parece que a banda perde o sentido sem sua presença, mas fazer o quê? É parte do showbizz, integrantes, sendo fundadores ou não, líderes ou coadjunvantes sempre vem e vão. Resta esperar que Portnoy de um lado e o Dream Theater do outro continuem fazendo o que sempre fizeram de melhor juntos: Música de alto nível.

sábado, 4 de setembro de 2010

S.O.S Cerrado!


Minha ausência no meu blog que tanto gosto me deixa triste, mas infelizmente passamos por momentos que não podemos controlar o tempo dando espaço para as coisas que gostamos. Mas bem ou mal, vamos escrevendo quando sobrar um tempinho.
Das coisas que andam tem me deixado bastante preocupado, o clima seco agravante que tem passado o nosso bioma é alarmante. Focos de queimada aumentando cada dia mais, o cerrado já está mais devastado que a Floresta Amazônica, quando viajo vejo tanto verde virando pó, é triste, muito triste.
De lembrar as riquezas de nossa terra, nosso verde esperança que agrange recantos fantásticos como a Chapada dos Veadeiros, o Pico dos Pirineus, o Salto Corumbá, o Parque Nacional das Emas, que dia após dia se transformam em áreas consumidas pelo fogo cruel que sufoca o nosso ar e acaba com a pureza do ar e das visões que outrora podíamos contemplar.
Um cidadão (sem civilidade) que tem uma atitude de jogar uma bitoca de cigarro em cima de uma vegetação, é um elemento da pior espécie. Jogar latas, tantos elementos que podem super-aquecer e provocar um fogo que consome a nossa fauna e flora de maneira implacável é um desserviço para o meio ambiente e todos nós.
Nosso cerrado não é mais o mesmo, até dentro da cidade, uma árvore que existe antes de Goiânia, a formosa gameleira que fica na Av. Paranaíba, está sendo sacrificada, graças à vândalos que atearam fogo nela. Isso mexe com a gente, que cresceu vendo aquela árvore ocupar toda uma calçada e invadir a rua (na verdade, a rua que invadiu o espaço dela). Dói só de passar no local e ver um isolamento da prefeitura e uma operação para derrubá-la.
Muitas ações de mudas plantadas são feitas para compensar emissão de gases poluentes, mas junto a poluição temos o desmatamento, as queimadas, as mortes dos animais, o esgoto acabando com os mananciais de água. Problemas nessa área não faltam.
Caminhamos para um estado de desertificação do cerrado, o clima quente atual, mais a baixa humildade do ar dá mais ainda essa impressão. A Mata Atlântica quase não existe mais. E o cerrado pode tomar o mesmo caminho.