Blog do Paullo Di Castro


sábado, 29 de agosto de 2009

O Oásis que virou deserto


Foi uma das primeiras bandas de rock que eu gostei, era o ano de 1995, e juntamente com a apimentada (na época) Alanis Morissette, meu CD Player (a grande novidade tecnológica do início dos anos 90), só tocava isso, o Oasis vinha com um rock britânico (o movimento brit-pop), que pra mim era novidade, já que não havia nascido uns 20, 30 anos antes pra conhecer primeiro a nata do Reino Unido: Beatles, Rolling Stones, The Who, Led Zeppelin, etc.
Mas os irmãos Gallagher tinham uns cacoetes no palco e fora deles que me chamavam a atenção: o jeito de Liam cantar, com mãos pra trás e microfone bem alto, Noel comandando uma muralha de guitarras, puxando a maioria das músicas, de maneira frenética e ambos fazendo um som envolvente com a maior cara de pouco caso que se pode imaginar, eram ingredientes típicos de pop star, que arrastavam multidões de fãs pelo mundo.
O segundo CD, What´s The History (Morning Glory), era um desfile de hits, como o já sucesso Wonderwall, Don't Look Back In Anger, Cast No Shadow, dentre outros, músicas que mexem com o coração, românticas e rock'n roll! Mistura ótima e sugestiva pra ser usada com quem se gosta.
O lado, digamos negro da banda era bem enfatizado pelos irmãos encrenqueiros: as constantes brigas, declarações de um contra o outro sempre pareceram mais um artifício de marketing do que outra coisa, se eles se odiaram tanto, porque trocaram todos os músicos da banda? Detalhe: inclusive todos os músicos fundadores.
Muita gente passou pela formação do Oasis, os pioneiros Paul Bonehead Arthurs, Paul Gigs McGuigan, Alan White (que já chegou substituindo Tony McCarroll), além de assumirem as baquetas o filho de Ringo Starr, Zac Starkey e Chris Sharrock, completando Andy Bell e Collin Gem Archer, curiosamente os irmãos chegavam depois do primeiro núcleo, Liam foi chamado antes e abriu a porta para Noel, que achava as composições fracas e entrou na condição de ser o único compositor da banda, o que foi uma sacada, o fato é que eles definiram o que seria o Oasis em diante, e mesmo pegando o barco andando, e em constantes brigas, Noel e Liam alteraram a banda toda e permaneceram juntos até o anúncio da saída de Noel essa semana, estranho não?
No ápice da carreira, após What's The History, em um acústico da MTV, Liam alegou problemas na garganta e deixou a banda na mão no dia da gravação, Noel assumiu, fizeram o show, enquanto Liam dava gargalhadas em um camarote, bebendo e fumando demasiadamente. Parecia o fim, mas tudo foi colocado como um mal entendido, e o Oasis prosseguiu a carreira, mais tumultuda que tranquilamente.
A banda, mesmo com o sonho discarado de ser maior que os Beatles, de quem sempre colou descaradamente tudo o que pudia, tanto em som, como visual e polêmicas, teve altos e baixos, alguns discos fracos, como Heathen Chemestry e o último Dig Out Your Soul, que comparado aos quatro primeiros e Don't Belive The Truth, nem pareciam da mesma banda, aliás, a banda realmente não era a mesma.
Se for verdade a saída de Noel, o Oasis preparou sua cova e só falta cair, Liam faria falta sim, mas não como seu irmão, que era a maior identidade da banda. Agora, se for outro golpe de marketing... faça-me o favor! Pra ilustrar a situação do Oasis e seus fãs nesse momento, me recorro a uma música do grupo: D'You Know What I Mean? (Você sabe o que eu significo?). Só podemos responder com o nome do primeiro álbum: Definitely Maybe (Definitivamente talvez!)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caos no Zoo

Me lembro com saudosismo de um dos meus programas de infância favoritos: ir ao Zoológico. Não gostava tanto como ir ao Mutirama, pra mim a melhor obra do nosso atual prefeito Íris Rezende, juntamente com o Centro de Convenções. No parque, os brinquedos eram mais atrativos que os bichos. Mas mesmo assim o encanto da fauna sempre povoou meu imaginário.
O tempo passou, fiquei muitos anos sem ir visitar o grande espaço do Setor Oeste conhecido também como Horto Florestal. Certa vez, a pedido da minha irmã, levei meu sobrinho para visitar os bichinhos, o moleque ficava fascinado, aprendendo os nomes de alguns mais exóticos, e outros ele tinha o orgulho de mostrar que sabia o nome. Mas eu estava um tanto decepcionado com a precaridade daquele lugar, muito lixo, muita construção com cara de abandonada, era algo bem diferente de anos atrás.
No final de julho, uma instabilidade começou a pairar naquele lugar. Uma grande atração era um belo casal de girafas, trazidos a pouco tempo, quando foi noticiado que uma morrera. Não foi dada muitas explicações, e a partir daí uma série de problemas foram apontados, e a prefeitura decidiu fechar a visitação do público para uma ampla reforma. Hoje, a outra girafa morreu, mais uma vez a interrogação paira sobre os responsáveis.
Mas o que estaria provocando tantas mortes no zoológico? Seria uma infecção terrível, não descoberta pelos especialistas? O diretor de lá, Raphael Cupertino, sofre com tantas explicações a serem dadas sobre essa situação. Não sei se convém julgar que o rapaz é muito novo, mas no mínimo o Zoológico deveria ter uma representação forte para ser cobrado as mudanças necessárias.
Em vários anos foi discutido a mudança do local, o fato é que estar entre o Setor Oeste e Setor Aeroporto, passando pela Avenida Anhanguera, com os enormes ônibus jorrando tanta fumaça, com tantos carrros circulando na Alameda das Rosas, não é propício para um ambiente de verde e de vários animais distintos. A área de Jardim Botânico em Goiânia foi cogitada várias vezes para abrigar o Zoo, mas nada foi feito concretamente, precisaria de uma mortandade em massa para as autoridades tomarem providências?
Um patrimônio desse nível não pode ficar abandonado como está. Nossas crianças e toda a sociedade precisam desse espaço para o lazer.

sábado, 22 de agosto de 2009

30 anos pra sair, 3 dias pra ficar...


O "Dia do Fico" de Dom Pedro I, no dia 9 de janeiro de 1822, a Corte Portuguesa queria o Imperador de volta à Portugal, mas ele declarou que ficava, e de fato ficou, declarou uma pseudo independência do Brasil e deu início ao nosso governo de monarquia.
Essa semana o Brasil viu um cenário enfadonho, mas uma vez partir do Senado Federal. A semana também acabou com um "Fico". Foi do senador Aloísio Mercadante, do PT, que nessa mesma semana havia declarado que estava deixando a liderança do partido no Congresso de forma "irrevogável", mas, um pedido do presidente, que segundo o senador é irrecusável, o fez voltar atrás em sua palavra, e demonstrar, fazendo um papelão, o péssimo momento vivido pelo outrora partido de esquerda da estrela vermelha.
Cada vez mais vemos o pouco valor que tem a palavra de um político, a qual deveria ter um valor de contrato, com obrigação jurídica, tamanha a relevância social que os atos e o próprio cargo dessa classe tem perante o eleitorado, e toda a sociedade.
Outro fato envolvendo o partido, foi o suposto encontro da primeira-ministra e presidenciável Dilma Rousseff com a ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, entre verdades e mentiras, fica a dúvida sobre a integridade das envolvidas, enquanto isso a oposição pode ter feito "acordão" para não incriminar o senador Arthur Virgílio, ajudando assim a arquivar tudo o que se procurava contra o presidente da casa José Sarney.
Agora, não vejo mais limites para se afundar a decepção com o Partido dos Trabalhadores. Nos anos 80 o discurso era um, nos anos 90 outro, um pouco menos radical, e depois do século XXI, só vemos mesmo uma vergonhosa mudança ideológica, e uma repetição das políticas, principalmente econômicas, dos governos anteriores que tanto atacou.
Considero uma significativa melhoria na qualidade de vida da população brasileira em geral, mas isso não apaga a mudança do barbudo enérgico contra as políticas internacionais, com o "Lulinha paz e amor" que viaja mais que seu antecessor, e se mantem inabalável no cargo, quando os principais braços-direitos de sua vitória nas urnas, já caíram, e o presidente permanece inatingível.
A última baixa do PT, foi a de uma das mais importantes militantes, fundadoras, com 30 anos de casa, que serviu o presidente por um mandato e meio em uma das pastas mas renegadas do governo. Marina Silva saiu para brilhar como merece, e não sendo submetida a uma mudança de foco tão agressiva como a de seu ex-partido. Nem com a expulsão dos "rebeldes" em 2003, e a criação do Psol, o PT não vivia um momento tão turbulento como esse. A saída da senadora deve ganhar companhia logo.
Mas para o presidente, e para Marina ainda foi positivo, para 2010, eles terão influência de sobra, espero que se a acreana entrar na disputa, faça uma terceira via forte para quebrar a bipolaridade de PT e PSDB. Já o PMDB, com certeza estará no governo, independente de quem for.
PT Saudações!


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Prêmios pra que te quero

Ontem foi dia de mais uma premiação da música brasileira, ao lado do VMB, da MTV, o Prêmio Multishow é a maior cerimônia que concede aos artistas, de música pop, com pouquíssimas variações de gênero, algumas estatuetas para categorias diversas, que inovam muito timidamente, muitas caras repetidas ano após ano: O retrato do mainstream brasileiro.
No prêmio da MTV, a falta de inovação é pior. Inventaram a categoria "Banda dos Sonhos", fiquei animado em ver instrumentistas variados sendo reconhecidos. Até ver a mesma banda sendo formada por três anos: Pitty, Edgard Scandurra (Fabrício-Hateen), Champignon, Japinha. Aí a emissora decidiu tirar o voto do público e fazer um corpo de jurados, resultado: Marcelo D2 melhor vocalista! rsrs. Ficou claro que é uma categoria que não tem valor técnico de escolha.
O Multishow, parece que ecoa os artistas que se apresentam na Globo, principalmente no Faustão, Altas Horas e Jô Soares. As ligações são óbvias, mas não se restringem só aos músicos, mas também a atores e apresentadores, todos com a exposição bem acentuada para a poderosa vender bem seu peixe.
Os dois canais poderiam continuar criando categorias para valorizar o que não seja produtos de gravadoras, produtores e empresários artísticos. Dar destaque para vídeos caseiros, de músicas autorais independentes, paródias, animações, enfim, valorizar as boas idéias em favor da arte. É o ponto mais positivo da festa glamurosa que armam.
Ver as mesmas bandas subindo no palco e agradecendo com as nomenclaturas f***, p****, c******, achando que estão abafando é duro de se ver, mas parece inevitável, visto que como bonecos das maiores mídias músicais, estão lá para causarem impacto no público, nada melhor que linguagem chula, pose de mau e visual descolado, isso é a música pop brasileira!
Bendita inclusão digital, que nos proporcional escutar o que quisermos no vasto mundo cyber-virtual, descobrir um som novo e de bom gosto no myspace, é muito melhor que ver a trinca Frenso, NX0 e Strike se dando bem mais uma vez na MTV. Democratização musical é isso.

sábado, 15 de agosto de 2009

De uma vez por todas, FORA SARNEY!


Cansei de ver uma figura pitoresca, que manda de forma ditatorial em dois estados brasileiros, que nomeia sua parentela à torto e a direito no Senado, cansei de ver tanta resistênia para se segurar um cargo de status, de minha família sofrer até hoje abalos significantes devido a economia comandada por um presidente que caiu de pára-quedas no cargo, com a morte do eleito, e fez a primeira democracia no voto brasileira passar seu pior período na história, de receber título de imortal pela Academia Brasileira de Letras, sendo que é um escritor medíocre, estar no quarto lugar da sucessão presidencial, e com tudo isso permancer sentado eternamente em poltrona explêndida no cargo máximo do Legislativo Nacional.
Para fugir das turbulências, ver o caso esfriar e terminar tudo em pizzas, fez a façanha de, mesmo presidente da casa, ser o menos assíduo no Congresso. Possui uma Fundação que usa dinheiro público. Tinha um braço direito que o obedecia tal qual um fiel escudeiro, e esse foi degolado, mas o Dom Quixote permaneceu. Assiste do alto do seu "trono" senadores rivais se degladiando em palavras de baixo calão, além de ouvir a maior reserva moral de seu partido pedindo para que se afaste do cargo durante as investigações, mas nada disso abala o todo-poderoso.
O Conselho de Ética, que deveria ser o instrumento de investigação para desmascarar todos os atos ilícitos de seus correligionários, teve a capacidade de arquivar os últimos casos que borbulham na esfera congressista nacional. Jogando a poeira em baixo do tapete, se sacudir esse tapete, a sujeira será impossível de se limpar. Depois de ACM, Jáder Barbalho, Severino Cavalcanti, é a vez do cacique maranhense e amapaense rodar da presidência, do cargo já é bem mais difícil.
Hoje, dia 15 de agosto de 2009, é o dia que teremos voz para protestar contra essa farra do boi de Brasília. O movimento Fora Sarney ganhou corpo na internet, e agora tomará as ruas das principais cidades brasileiras. Em Goiânia, a mobilização será na Praça Universitária, às 14 horas. Todos vestidos de preto, engajados para uma causa que realmente nos afeta. Compareça, será muito mais útil que ficar em casa vendo Caldeirão do Hulk!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Escândalo Universal


Não queria falar de religião de novo, mas o Bispo Edir Macedo me força a isso, aliás, religião é apenas o pano de fundo, porque a verdadeira causa de suas manchetes nos jornais, assim como em anos atrás, é a de frequentar páginas policiais, enfrentar investigações por movimentação ilícita de dinheiro e ser investigado em todas as áreas de sua vida.
Certa vez, estava na rua com um colega e passamos em frente a um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, estava tendo a famosa "Sessão do descarrego", (que também poderia ser chamada de Entrevista com o demônio!) Nós, com nossos 15 anos, paramos para observar meio assustados o que rolava naquele culto. O pastor na frente, segurando fortemente o cabelo desgrenhado de uma mulher, perguntava a um espírito dentro dela o que ele poderia fazer com os dois jovens que entraram na igreja para observá-lo. A "coisa" respondeu que faria de tudo, acabaria com nossa família, depois de muito falatório com as entidades, vigorosamente repreenderam tudo o que estava ali, entregaram uma chave de papel pra gente, simbolizando a ligação com o céu. Saímos dali impressionados com o ritual, mas com nossa fé sem se abalar.
Como cristão, nunca me atrevi a condenar asperamente as atividades da IURD, conheci muita gente que frequenta lá, em pleno gozo de suas faculdades mentais, se mostra muito feliz e um cristão realizado e exemplar. Outros casos de quem entregou tudo para a igreja e plantou discórdia na família também, mas isso acontece em vários segmentos.
As polêmicas envolvendo o grupo liderado pelos donos da Rede Record não são de hoje, desde a prisão de Macedo, do chute na Santa, na compra polêmica de um dos maiores grupos de comunicação do país, a construções de impérios tanto nos templos, como em uma mansão de Edir, denunciado com fotos na imprensa e no livro de Jorge Kajuru, De A a Z - Condenado a Falar.
Uma coisa tenho certeza, a Globo está empenhadíssima em denunciar tudo, mesmo que seja só especulação, é uma doce vingança para a queda de audiência que a rival tem lhe feito. Nos seus jornais ela quase tem falado mais do canal do que de seus donos. A ética muitas vezes some nesses momentos, e a guerra pelo IBOPE fala mais alto, como sempre. A mídia muitas vezes faz tempestade em copo d'água, como no vídeo em que Edir ensina a pedir dinheiro dos fiéis, não tem nada demais naquelas cenas, as igrejas podem pedir, pregar sobre isso, já ter bom senso para tal ato é outra coisa.
Agora a bomba da vez vem acompanhada de denúncias de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Mais nove pessoas ligadas à Universal estão sendo investigadas, além da compra ilegal da emissora no Rio, um caso cabeludo na Bahia, mas o pior de tudo é a cifra de 8 bilhões que dizem ter passado nesse últimos anos por esse grupo, só o Bispo teria um patrimônio de 2 bilhões, são tantos zeros que prefiro escrever por extenso.
A justiça tomará suas providências, penso que os fiéis não se abalarão muito por esses fatos, vide caso da Igreja Renascer, mas os culpados devem ser punidos, independente de pregarem a palavra de Deus ou não.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Registro pra se tocar na igreja?!

Quando acho que vejo de tudo, sempre sou surpreendido com uma nova. Sou baterista há muitos anos, porém, nunca toquei profissionalmente. A maior parte do tempo, sempre na igreja, porém já toquei no dito segmento secular também, com banda de amigos, sem nunca ver dinheiro entrando. Em todo esse tempo, visto que nunca toquei visando lucro, muito menos o tive, nunca me preocupei com tirar um registro na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), aqui em Goiás, vi um pouco da precariedade dessa entidade e nada me justificava pagá-los sendo que eu não tinha retorno financeiro como músico.
Me deparei com uma matéria sobre uma nova iniciativa da OMB-SP de se cobrar o registro de músicos que tocam em igrejas, tudo feito de maneira bem política, com participação de pessoas influentes do meio cristão, que com certeza dividirão uma fatia do bolo com a entidade. Descobriram uma mina de ouro, um meio de se arrecadar como nunca conseguiram. Em contrapartida, sua utilidade é parecida com a da UNE, sobrevivem das carteiras, e das carteiradas.
Como músico cristão, tocando na igreja há doze anos, acho de uma arbitrariedade extrema estipular uma obrigatoriedade junto a uma Ordem que nada faz pelo interesse de uma categoria, principalmente requerer isso dentro de um espaço de voluntariado e filantropia. A igreja e o Estado sempre entrarão em conflito quando uma invadir o espaço da outra.
Um projeto de música cristã não pode concorrer aos editais de leis de incentivo à cultura, porque os músicos seriam obrigados a se filiar em uma classe que em nada os auxiliam? Se não se paga ECAD para as músicas tocadas dentro da igreja, porque os músicos precisam ter registro da OMB, se ninguém está pagando pelo trabalho deles?
A estrutura precária de várias igrejas gera disparidade com essa obrigatoriedade. Isso nada mais é que a tentativa de se abrir um precedente para o enriquecimento de pessoas que em nada contribuem para o exercício da profissão de músico, um filão para arrancar de uma classe vasta de músicos um dinheiro que eles não ganham. Essa lei não tem a mínima condição de pegar em São Paulo, muito menos no Brasil. Um simples trabalhador que toca violão e dirige um período de cânticos em sua igreja precisar pagar R$ 100,00 anuais para continuar no seu trabalho feito por amor e disposição, não tem nenhuma coerência.
Como essa Ordem é puramente interesseira, nem em igrejas de grande porte e com músicos remunerados, aos músicos que sobrevivem desse trabalho, é aparentemente justa essa cobrança, seria outra coisa se fossem bem representados. Mas passa longe de nós essa realidade.
A grande maioria dos "levitas" tira do bolso investimento no instrumento, no transporte, chega antes de todos, sai por último, carrega, monta, carrega, desmonta, e vai embora feliz, investindo seu dia e horas de folga, tempo de ensaio, preparo técnico, sem ter ganho nada por isso, aliás, ganha sim, através da fé, recompensa material nenhuma satisfaz como tocar para Deus.
Que essas raposas não queiram vigiar as galinhas, para tirar o que não lhes é de direito. O fortalecimento dos músicos cristãos é tímido, mas já toma suas primeiras iniciativas. Espero que essas interferências ganhe voz pelas igrejas, quem sabe formar uma classe forte, como já existem algumas e possam impedir os aproveitadores de prejudicar um trabalho feito com zelo e de coração.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O dia em que o Brasil viu Goiás, sem tragédias...


A última segunda-feira foi um dia inesquecível para torcedores, jogadores e funcionários do Goiás Esporte Clube, na ocasião do lançamento do novo uniforme do verde, a diretoria preparou uma grande surpresa, que fez todo o Brasil abrir a boca e comentar sobre a maior contratação do futebol brasileiro em plena época de janela européia aberta: Fernandão, campeão do mundo com o Internacional estava de volta ao clube que o formou.
O matador chega para reviver uma dupla de sucesso com seu ex-companheiro de Internacional, Iarley. A briga pelo seu passe estava acirrada. O colorado gaúcho o dava como certo, além de São Paulo, Santos e Palmeiras sonherem em tê-lo no elenco. Mas foi do centro-oeste que saiu a confirmação, em tempos de debandada de grandes jogadores para fora do Brasil, Fernandão estava de volta.
O comentarista Lédio Carmona, em seu blog, fez o que pouquíssimos jornalistas fazem: foi o post mais democrático, justo, sensível e verdadeiro feito por um jornalista de Rio-São Paulo sobre um time de fora do eixo.
Como esmeraldino, estou juntamente com toda nossa torcida eufórico por essa grande contratação feita pelo Goiás. Isso foi uma atitude de quem quer alçar vôos altos em nível nacional, e com certeza chegaremos lá. O Goiás é um dos mais organizados, estruturados e bom pagador times do Brasil, e vai colhendo os frutos disso gradativamente. Estamos de maneira ininterrupta em toda última década na elite do futebol brasileiro, pouquíssimos, inclusive os grandes podem dizer isso.
O Goiás ainda surpreenderá muita gente, não só com um terceiro lugar, mas com resultados e títulos de encher os olhos, envergonhar goianos que torcem para times de fora, esses indivíduos vão ver que aqui existe futebol para competir de igual para igual com os grandes do Brasil, que se localizam a milhares de km e só visitam Goiânia uma ou duas vezes por ano, calar a boca da imprensa de má fé e levar a maior torcida do Centro-Oeste a viver dias de glória.
Quanto a frustração do Internacional, lembrem-se que Fernandão foi criado aqui, sua família está aqui, ele se projetou no futebol aqui e assim não existia lugar melhor para ele voltar. No colorado ele fez história, conquistou grandes títulos, mas o coração dele é ESMERALDINO!
Os torcedores do verde estão de um jeito que nunca vi, a comunidade oficial do orkut de minuto em minuto fala sobre Fernandão, tem torcedores que nem conseguiram dormir, outros já estão chamando o novo reforço de FernanDeus, aí já pegaram pesado, já vira fanatismo irracional.
O trabalho da diretoria do Goiás foi fantástico. Trabalharam muito bem nos bastidores, quando assumiu a presidência do clube, o médico Syd de Oliveira Reis prometeu em dois anos de gestão o título nacional. O caminho mais fácil parecia a Copa do Brasil, mas após ser eliminado pelo Fluminense nas oitavas de final com dois empates, o Brasileirão parecia muito distante, e hoje, no meio da competição, o verdão é o terceiro colocado, o time que mais ganhou fora de casa, 60% de aproveitamento e outros números que brindam uma bela campanha do Goiás e o fazem ser reconhecido como nunca foi.
Os desafios continuam, o trabalho está sendo bem feito, e tudo o que se espera agora são títulos, alegrias, Serra Dourada cheio e uma mudança de cultura no futebol nacional.


Nome: Fernando Lúcio da Costa
Posição: atacante
Origem: Goiânia-GO
Idade: 31 anos (18/03/1978)
Altura: 1,90m
Peso: 85kg

Clubes:

1997-2001: Goiás
2001-2004: Olympique de Marselha-FRA
2004: Toulouse-FRA
2004-2008: Internacional
2008: Al-Gharafa-CAT

Títulos:

Campeonato Goiano: 1996, 1997, 1998, 1999, 2000
Copa Centro-Oeste: 2000, 2001
Campeonato Gaúcho: 2005, 2008
Copa Libertadores: 2006
Mundial de Clubes: 2006

Seleção Brasileira:

Uma partida: 27/04/2005 (Guatemala)

sábado, 1 de agosto de 2009

E dá-lhe Bolsa Esmola!


"Tem gente tão imbecil, tão ignorante que ainda fala: 'O bolsa-família deixa as pessoas preguiçosas porque quem recebe bolsa família não quer mais trabalhar." Com essa frase infeliz, nosso presidente da República vai contra o que ele mesmo disse anos atrás: falou que não bastava se entregar o anzol, era necessário ensinar a pescar. Agora pergunto: Com a política assistencialista do governo federal, quem aprende a pescar aqui?
A única pescaria que visualizei nos últimos anos foi a dos comandados do presidente, pescando o dinheiro público das maneiras mais criativas, capciosas e inescrupulosas que possam existir, com tanta farra sendo bancada pelos nossos bolsos, agora criticar a boquinha distribuída a torto e a direito é imbecilidade e ignorância.
Para reforçar o que escrevo, tenho que contar o caso de uma tia, que, tinha o marido internado por mais de um ano pelo SUS, sendo que tinha todas as suas funções vitais em pleno funcionamento, um belo dia foi pleitear passes de transporte urbano, o que, pela idade, de fato tinha direito. Até aí tudo bem, mas o que ela não esperava é que no mesmo lugar que buscou o benefício, mesmo sendo de órgãos diferentes, ofereceram a ela a mamata de contar com o Bolsa Família, apesar de ter casa própria e outro imóvel que aluga, agora conta com mais uma ajudinha do governo.
Isso mostra a distência das prioridades do governo entre valorizar a educação e o combate a fome. A instrução ao povo é abastecida hoje com míseros 2 bi anuais, através do Fundo de Manutenção do Ensino Básico (Fundeb), e com gritantes distorções na distribuição da verba para educação, além de falsas estatísticas divulgadas pela União, como se estivéssemos em constante progresso educacional, a analfabetização fosse quase inexistente.
Enquanto houver tanto favorecimento e poucos incentivos à qualidade de vida individual do cidadão, teremos cada vez mais pessoas encostatas, sacando seu dinheiro felizes por ter vindo de modo tão fácil, se não é o suficiente para ter de fato uma renda completa, a garantia de se ter esse pequeno valor, faz os favorecidos se acomodarem e não buscar crescer em seus estudos e qualificação profissional.
Lula se orgulha do país ter levado ao cargo máximo duas pessoas sem diploma, José Alencar, mesmo sem nível superior, tornou-se um empresário de sucesso antes de entrar na política (e depois também, claro!), já Lula, operário que pouquíssimo trabalhou, conseguiu logo ser sustentado por um acidente de pouca relevância, e fez da política sua única profissão. Não tiro o valor do presidente, sua habilidade de articulação em todas as classes sociais e progressos econômicos, etc. Agora, se quem dá esmola não tira ninguém do sinaleiro, porque dar uma verba vitalícia tiraria alguém do comodismo, que oportunidades concretas de melhora de vida essas pessoas podem receber? Um cartão para se sacar todo mês não pode ser.