Blog do Paullo Di Castro


sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

E finda-se o primeiro mês...

Mal veio 2009 e lá se vai janeiro! Um mês calorento como ele só, devagar como ele só, violento como ele só, ocioso como ele só... Vou falar de música que é melhor, se não dá uma preguiça...
O ano começa sempre com a expectativas das bandas gringas que irão pousar aqui, algumas na terrinha por agora fazendo uma boa estrada. Vou falar de algumas que meus ouvidos já deram uma colada no som.
O Little Joy foi um encontro inesperado do Rodrigo Amarante do Los Hermanos e o Fabrizio Moretti do The Strokes, são brasileiros, mas enraizaram a empreitada lá fora. A voz delicada do Amarante marca agora em inglês, o que é prazeroso de se ouvir em estado zen como ela, seja no Little, na banda dos barbudos (que eu acredito que voltará), ou na Orquestra Imperial, o homem faz tudo ressoar bem, mesmo sendo um trabalho tão diferente do outro! As músicas do primeiro CD são experimentalismos, instrumentos incomuns, (o que me interessa, o lance da pesquisa sonora), pegada de Beatles, jeitinho brasileiro: world music para generalizar! Iria no show com prazer, se a distância geográfica facilitasse.
A Alanis Morissette marcou muito meu início de adolescência. Ela estourando com o Jagged Little Pill: discão! Um hit atrás do outro, ela me insinou muito com You Learn, me deixou pensativo com Hand in my pocket e me deixou extravassado com Ironic, enfim, pra mim foi O disco da década de 90, além de outros como Ten, do Pearl Jam; Nevermind, do Nirvana; What's the Story Morning Glory, do Oasis e por aí vai (minha lista seria de no mínimo 20 discos que escutei demais essa época).
Tem o Radiohead que vai fazer uma mobilização grande por aqui, depois de revulucionarem em pleno início da internet no mundo lançando OK Computer na rede, a banda sempre fez música séria, qualificando mais o brit-pop, e com engajamentos legais, nadando contra a maré das estrelas posers da música pop que acham que fazem muito pela humanidade só com discos de carreira e shows super-produzidos.
O Iron Maiden vim escutar no meu primeiro contato com o heavy metal, mais na virada do milênio, e já vieram tanto aqui que são fregueses, admiro demais o Bruce Dickson por ser PHD em História antiga, piloto de avião (inclusive o da banda) e ainda esguelar aqueles agudos como ninguém. Independente de toda a temática das trevas que incorporam, curto o som e me concentro nisso.
Elton John foi outro que já caiu aqui, incrível a energia dele ao piano, sua banda de gente de várias idades, as power-baladas e aquele pop contagiante. Pela competência dele, poderia até ter feito mais que uns shows com os remanescentes do Queen. Ninguém pode substituir Freddy Mercury, mas ele tá podendo!
Coldplay é uma das poucas bandas que gosto dos anos 2000. Eles transitam entre o rock, as baladas, as letras fundamentadas, reflexivas, sonoridade seca, rica, melódica e pesada. Tudo na medida certa.
A transloucada Amy Winehouse poderia deixar um pouco as baixarias ilícitas em que se envolve e fazer aquilo que realmente a faz alguém notável dignamente: sua black music impecável, com sua banda espetacular, mas nem no palco ela parece sóbria, se conseguisse só cantar estaria passando de bom.
Deve vir muita coisa boa por aí, provavelmente não irei em nenhuma, mas por vir ao Brasil já me alegro, esses mega-shows definitivamente não fazem minha cabeça pelo ambiente, se fosse só pelo som estava em todas possíveis, mas é muito humilhante para os ditos fanáticos pelo artista se submeter a dias na fila pelo ingresso, se espremer como sardinha em lata, ficar em pé horas a fio, tudo isso para ver o telão com certa nitidez e algumas formiguinas sobre o palco em que você fará uma força para reconhecer nelas o seu ídolo.
Prefiro locar o DVD, acompanhar o que der pelo myspace e analisar muito bem quando terei a ousadia de enfrentar um martírio desse para ver o som que gosto de perto, mesmo na maioria das vezes não sendo possível ser tão perto assim.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Internetês - Miguxês - e o PORTUGUÊS?

Acessei a página virtual do Diário da Manhã nessa quarta e, ao olhar a primeira página do DM Revista não acreditava nas linhas mal traçadas que eu vi: se tratava de uma linguagem ridícula denominada miguxês! Argh!
De uns tempos pra cá, o avanço das conversas instantâneas on line provocaram adaptações no vocabulário dos internautas. Para agilizar a escrita, começaram a adaptar palavras como:
não, também, cadê, beleza; por: ñ, tb, kd, blz. Isso era uma jogada interessante, se o diálogo não tinha necessidade de informação pública, era algo particular de duas pessoas, na maioria adolescentes e jovens, ávidos por se expressarem com os outros o mais rápido possível, mais um "avanço" desses com certeza não ficaria parado no tempo.
Aí veio o pior: A rapidez em que surgiam as abreviações esdrúxulas era de se espantar. Um excesso de h, x, de letras isoladas que não se tratavam de artigos e sim de uma palavra que morria ali!
Muitos dos que estão lendo agora já estão familiarizado com essas modificações linguísticas, pensei em dar uns exemplos contundentes dessa grafia irreverente, mas vou me poupar de tanto sofrimento, não consigo engulir esse relaxamento do nosso falar de origem lusa.
Fico a pensar: temos umas das línguas mais complexas do mundo, a dificuldade de aprendê-la é imensa. Os jovens estão no seu momento mais importante na formação acadêmica, às vésperas de enfrentar o temido vestibular, e mesmo assim investem grande parte do seu tempo se "comunicando" com essa forma de desaprendizado metida a moderninha. Como esses meninos entrarão na faculdade, no mercado de trabalho, defenderão um trabalho acadêmico complexo? E principalmente: como aprenderão de fato o que é a verdadeira língua portuguesa?
E para piorar, aí vem a conturbada reforma ortográfica, mais desafios pela frente, eu me sinto longe de uma transformação satisfatória na escrita, será que aplicarão bem as novas regras no "fofíssimo" miguxês?
Sou radical mesmo: essa palhaçada vai nos atrapalhar muito, e você, preguiçoso que escreve constantemente assim, se ligue: Você está em um processo de desaprendizado perigoso! Manere na sua escrita em mutação e valorize a beleza do Português. Não jogue uma vaga no curso dos seus sonhos nem em um emprego fora!
Meus parabéns para a repórter Carollyne Almeida: ela deve ter sofrido muitíssimo, eu sofreria...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Show de tecnologia

Passei uma inveja danada com alguns amigos que estiveram semana passada na Campus Party. Não sou geek, nerd, internáuta fanático, muito menos estudante de engenharia ou computação. Mas como jornalista também teria interesses na gigantesca feira das inovações pós-modernas.
Tem outro detalhe que me agrada demais no evento: o acampamento. Cresci indo a vários acampamentos da igreja, trabalhei na adolescência como monitor em acampamentos organizados, ainda hoje volta e meia arregaço as mangas para ajudar na realização de um, mas lá o foco é outro: Enquanto no acampamento tradional o alvo é a natureza, a anti-urbanização, lá o que vale é o que de melhor as indústrias podem fazer e proporcionar o uso em massa da população. São 24 horas de descobertas e trocas incríveis.
Eu humildemente acostumado com uma internet de 1 MB, me deparo com a potência monstruosa de 10 GB no evento, é um pássaro? um avião? Não, é a super velocidade que presenteia os viciados em simples joguinhos até as complexas engenhocas robóticas.
Falei em simples joguinhos, parecendo um menosprezo, que é coisa de criança, mas a indústria de games cresce assustadoramente, dá um olé na crise financeira e se reinventa em cima da convergência das mídias tecnológicas. Quem quer trabalhar com isso e se dedicar, vai se dar muito bem (acho que deveria ter gostado mais de matemática na escola!).
Fizeram todo um trabalho de inclusão de pessoas idosas e carentes, tinha espaço para qualquer um se deleitar com as incríveis invenções humanas.
Queria estar entre os 6655 felizardos, voltar deslumbrado com os passos em que progridem as ferramentas de comunicação, até oficina de blog tinha! Não foi dessa vez, mas pensa em uma estrutura fantástica, organização exemplar e interação total! Quem sabe em 2010!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Subtração de vida


Vou falar pela última vez dos acontecimentos trágicos de janeiro, quando achei que tinha acabado, lá vem mais um...

Quando li que uma jovem modelo brasileira teria mãos e pés amputados, fiquei estarrecido, mas não me causou tanto impacto, não prestei atenção na gravidade da situação, achei mais esquisito declararem que foi uma infecção,bactéria, ou vírus ou como os médicos nomeiam qualquer coisa que não diagnosticam com precisão: uma virose. Afinal, que ser letal poderia ser esse microorganismo?

Depois que fui ler com atenção, aí vi como o buraco estava fundo, que caso era esse que o seu organismo, que sempre vi como o meu maior aliado, se volta contra você, produzindo somente coisas que vão te apodrecer por dentro?

Não sei onde sou mais leigo dentro da área de saúde, não memorizo nome de remédio nenhum (porque sou anti-hipocondríase-radical), quanto mais analisar uma doença sem precedentes públicos como essa, que existem outros casos, com certeza, mas não dá pra deixar de se assustar com uma bela modelo que, menos de 20 dias depois de descobrir essa fatalidade, é acometida pela subtração de seus membros tão importantes e fica em estado gravíssimo e vem a falecer abruptamente.

Não é o fato dela ter uma certa fama e a beleza, mas como ser humano, seu estado deixa-nos perplexos com o que uma simples infecção de garganta pode fazer evoluir dentro de nosso corpo, aí de pensar nas condições de higiene e ao que estamos expostos constantemente, nossos péssimos hábitos de tocar as mãos em tantas impurezas e depois tocamos nosso rosto tranquilamente, olhos, boca, se pararmos para pensar caímos num fleumatismo incontrolável, só vivendo em uma bolha para ter proteção...

Agora o que me revoltou foi o comentário infeliz de um gringo em um blog que teve o despeito de escrever essas palavras:

"A medicina bárbara do 3º mundo fez isto a ela. Que ruim ela não era/é americana, eles teríam diagnosticado corretamente em um primeiro momento e ela não teria perdido seus membros.
Que história trágica."

http://blogs.usatoday.com/ondeadline/2009/01/brazilian-model.html?csp=34#uslPageReturn

O que dizer de um cidadão desse? Diminuir o Brasil, de dimensões continetais, com problemas seríssimos na saúde pública, mas referência mundial em diversas especialidades (como Goiânia em Oftomologia), adianta culpar um país inteiro por uma fatalidade dessa? No primeiro mundinho perfeito deles isso não aconteceria?

Tenha santa paciência, nossa compatriota de apenas 20 anos não merece passar ter passado por isso, mas de quem é a culpa? Como em quase tudo que nomeamos de acidente, tragédia, não temos culpados, resta-nos lamantar e viver na dependência de Deus de não sermos acometidos pelos diversos males desse mundo.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Arrastão de notícias... ruins!

O ano começou num ritmo de acontecimentos chamativos impressionante, não me canso de surpreender na loucura que está esse janeiro, em todas as esferas da sociedade.
No mundo, Barack Obama tomou posse, duas milhões de pessoas tentaram ver o primeiro presidente afro-descendente de perto, uma festa sem precedentes na história mundial, uma máquina administrativa poderossíssima para cuidar, uma ressaca de crise inédita, muitos conflitos para apaziguar e melhorar o rombo deixado por George W. Bush, como disse o slogan de campanha dele, que todos realmente possam, consiguam partir para uma mudança com esperança e liberdade, a prática nos dirá no que tanto sonho vai dar.
No Brasil tragédias de norte a sul, depois de tanta enchente em Santa Catarina e Minas, um ônibus levando os jogadores do Brasil de Pelotas cai numa ribanceira e leva ao óbito dois atletas e o preparador de goleiros, um choque tremendo para um grupo em formação para disputar as competições de 2009.
Em São Paulo, no meio de dois cultos o teto da sede da Igreja Renascer em Cristo desaba e deixa mortos e feridos, alguns soterrados nos escombros por horas, poderia ser pior, se fosse durante os cultos, poucos minutos a mais ou a menos atingiria um número muito maior de vítimas, Deus guardou muitas vidas naquela noite.
Em Goiânia, a Câmara de Vereadores dá bola fora novamente, o novo presidente Francisco Júnior mal chega e já se declara traído, que armaram arapuca para ele, só assim para explicar o palhaçada da medida de anulação do concurso de servidores da casa, e a manutenção dos comissionados. Aquele concurso foi uma bagunça do início ao fim, falo por que prestei, e a Universo deu um show de incompetência na organização do início ao fim, tive uma classificação razoável, que me dava alguma esperança de ser chamado na lista de reserva depois de algum tempo, o problema é que a prova foi em 2006 e até agora NADA nem para 33 dos classificados! Já não tenho esperança nenhuma e compartilho a dor dos que covardemente não foram nomeados. Enquanto isso, como bem ressaltou Pablo Kossa em sua coluna no Diário da Manhã, os mamadores de tetas se esbaldam no lugar daqueles que legalmente tem o direto de estar nesses cargos, comissionados devem ser uma minoria para prestar um serviço personalizado junto ao vereador, o restante, tem que merecer estar lá, aptos através de concurso público.
Essa legislatura deve nos dar muita dor de cabeça ainda! O que deve ser feito para esse povo escolher melhor seus representantes? Ficamos refém dos melhores marketeiros/suborneiros e falcatrueiros que assumem esses cargos sem compromisso nenhum com o bem estar da população. E de pensar que esses quatro anos estão só começando!
Já fiz um compromisso comigo mesmo, e com você que lê esse espaço: semana que vem vou falar só de notícias boas, independente do que aconteça, só assim pra terminar janeiro sem tanta carga negativa. O google que me espere para muitas consultas, pois achar positivismos definitivamente não será tarefa fácil.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dinheiro ainda não compra tudo...

Sempre achei que os atletas de vários esportes, em especial os top de linha ganham muito mais que o merecido, que o justo, principalmente que o equivalente ao trabalhador normal. Que os salários poderiam ser diferenciados, afinal de contas tem o glamuour da profissão, que nos causa interesse e nos entrete, tudo bem, mas as diferenças nas cifras são tão gritantes que não consigo achar natural o mundo milionário dos esportes.

Quando a gente acha que só os jogadores de futebol ganham mais, vale lembrar que dentro da Fórmula 1, do golfe, do tênis, da NBA, dentre outros, os salários muitas vezes passam com tranquilidade os de boleiros. Mas como acompanhamos mais a pelota, e pelo fato dela ser o maior esporte do mundo, tanto em atletas, como em estrutura, popularidade, etc; o din-din mais concentrado não fica de fora. O mercado europeu se diferencia na qualidade do próprio futebol e é claro, nas finanças. Já uma nova potência monetária é o Oriente Médio, conduzido por príncipes que levam craques por muitos barris de petróleo, porém, não alavancam o futebol de lá, servindo de paradeiro aos que não tem boas propostas do velho continente, mas não querem perder a chance de faturar alto.

Essa semana eu perdi toda a minha noção do que é dinheiro, após a proposta do Manchester City por Kaká, era um tal de converter euros em dólares, dólares em real, que a cabeça confundia muito!

Parecia a maior transação disparada do futebol mundial, algo inimaginável entre todos os mega-milionários do mundo da bola, mas, depois de tirar Robinho do Real, a nova potência britânica fez três propostas diferentes para o maior jogador brasileiro em atividade, as principais mídias davam como certo a transferência, houve barrigadas inclusive do site do presidente do Milan, Silvio Berlusconi. Mas cabia a Kaká a resposta final e ela incrivelmente foi NÃO!
O craque disse que ouviu o coração, que sua família sempre esteve ao seu lado em todas as decisões, e assim ele não tinha razão pra sair do Milan. Em tempos em que o capital sempre fala mais alto que a identificação pelo clube, mais uma vez Kaká surpreende o mundo com suas atitudes nada convencionais para o seu status de ídolo/galã. Seus princípios e valores cristãos com certeza influenciam nessas decisões, muito mais que o dinheiro.
Sim, $ para ele não é problema, tá com a vida resolvida por 3 gerações no mínimo, só na publicidade o faturamento muitas vezes ultrapassa o que se ganha no clube, mas seguindo a cartilha do mundo das quatro linhas ele se destacou de tal maneira que é merecedor de suas glórias, conquistas e resultados em campo e fora dele.

A seleção o espera para nos dar muitas alegrias ainda, a menos que alguém invente um quadrado mágico ou coisas do tipo...




sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

BBB: Briga Banal de Boate

Tenho hoje até um certo alívio de falar que nunca pisei de verdade em uma boate. Não gosto de me submeter a ficar com cheiro de cigarro grudado no corpo e na roupa, isso me afasta muitas vezes de bons shows, que fico só no desejo, mas prefiro ficar em casa a me submeter a um desagradável ambiente, exceto oportunidades ímpares que me faz esquecer esses detalhes e dar as caras em algo que tenha um foco de interesse.
Não sei se é pior ouvir música eletrônica por horas a fio (gosto e escuto com moderação), estar pregado pelo terrível odor da nicotina, ou gastar uma boa nota por uma diversão que me parece muito fútil, onde se buscam coisas banais como encher a cara ou arrumar alguém pra trocar cuspes por alguns momentos, sem ter que ligar no dia seguinte, claro.
Sou caretão mesmo, alguma síndrome de velho eu tenho, porque pra mim juventude não se aproveita dessas formas, já para muitos...
Fiquei chocado, como não poderia deixar de ser com a morte de um cara mais novo que eu , assassinado brutalmente por outro, quase de sua idade. Com certeza um motivo bem estúpido, o típico: "vamos resolver isso lá fora!", com direito a arma de fogo, disparos, e uma vida a menos a sair do nosso mundo e entrar nas estatísticas criminosas do Brasil.
O que esses caras, com muitos parafusos a menos acham que irão resolver na porrada? Acha que chegarão ao estrelato, serão aplaudidos por todos? Irão receber o prêmio de melhor lutador de rua e dirão "queria agradecer a todos os idiotas que como eu curtem tirar uma satisfação com quem não se bica com você..."
O valentão não devia lembrar que uma câmera de vigilância poderia estar registrando tudo ali, também, quando sobe o sangue de machão, que infeliz iria lembrar-se disso?
Não quero jogar pedras em quem frequenta esses ambientes, eu particularmente não sou um deles e me sinto muito bem assim, se esse entreterimento me deixa com um pé atrás, as consequências me confirmam meus conceitos e valores.
Não falo só de boates, de bares também, seja buteco beira de esquina ou daqueles inflamados, quando me arranco para ir em um (raríssimas vezes), provoco algumas risadas por não beber álcool em hipótese nenhuma. Se tiver um fumante do meu lado então... não só não bebo como vou embora o mais rápido possível.
Agora vem a polícia goiana e passa um patrolão a torto e a direito, fechando a maioria das casas noturnas, bares e lanchonetes. Sem avará de funcionamento, é só conseguir uma peixada leve na prefeitura para abrir o estabelecimento sem nenhum problema, até se abrir um precedente como esse e as autoridades resolverem agir como nunca agiram por anos a fio. Acho que não é por aí, se funcionam sem legalidade devida, para começar não deveriam nem estar funcionando.
Nossa mídia, em pleno marasmo político, esportivo, de entretenimento, etc, comuns no mês de janeiro, ocupam mais páginas ainda com casos que nenhum sarcástico, espírito de porco ira querer ver, mas, se é violência que temos, é violência que veremos.
Citando Nenhum de Nós: "Por favor, me traga uma notícia boa".

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ser tio...


Desde setembro de 2003 vivo a fantástica experiência de ser tio. Mesmo com 320 km nos separando, estar ao lado do moleque é sempre bom, mesmo que seja na minha rotina normal, quando sinto não dar tanta atenção como ele merece, mas nos momentos que nos sobram vale as muitas horas perdidas. Conversando com uma amiga, que me lembrava do valor dessa parentela, raciocinei que, se avó é mãe com açucar, ser tio é ser pai de traquinagens!

Nunca achei tão bom virarem pra mim e perguntarem: Ficou pra titio? Fique mesmo, independente de ter minha prole ou não (claro que é bem diferente a descendência direta), ser tio já é bem emocionante...

O mais legal é aqueles pequenos momentos em que você faz algo significativo com ele, seja passeios a zoológicos (que normalmente ele sempre vai antes que eu possa), no bosque, brincar no parque, na igreja, até aquelas atividades caseiras para espantar o ócio e ocupar essa mente brilhante em formação.

Enfim, não basta ser tio, tem que participar!


Nossa primeira obra prima cinematográfica: Obrigado ao professor Flávio Gomes pelas técnicas de stop-motion, não tão bem aproveitadas pelo diretor limitadíssimo e pela péssima qualidade da massinha, já o roteirista era ótimo!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Os Carlinhos de nossa vida

Tenho uma sensibilidade talvez aguçada por pessoas portadoras de deficiência, em especial crianças (como a maioria das pessoas, imagino!). Hoje passava pelo Setor Bueno em frente a uma clínica gigantesca, de várias especialidades, parei sem querer pra atender o celular, ao desligar, olho para direita e vejo através da grade uma moça toda de branco brincando com uma menina linda, talvez de uns 10 anos no máximo, sentadas no chão. A menina aplaudia e dava gargalhadas, com uma felicidade contagiante. Ela aparentava ter Síndrome de Down.
Nunca convivi de perto com pessoas excepcionais, não sei os ossos do ofício de acompanhar alguém assim. Certa vez, brinquei por um bom tempo com um menino altista em um clube, a alegria dele era correr e cair na minha barriga, mesmo com a pequena dor que sentia, o que mais sentia era aquela alegria que via nele, o pai do garoto veio me agradecer com uma expressão de emoção, pelo que tinha feito pelo filho dele, algo que ele não encontrava fácil, e eu tinha feito tão pouco!
Assim como aquele menino, não vou esquecer a garota Down tão cedo, pessoas assim valorizam demais aquilo que você faz com o coração, e não tem gratidão maior que essa. Me recordei de um comercial sobre a doença de muitos anos atrás, quando pela primeira vez ouvi Radiohead, me lembrando que eles estarão aqui no Brasil esse ano (ah, se eu pudesse, se o dinheiro desse...), com a belíssima canção Fake Plastic Trees, sobre Carlinhos e seu amigo, que dizem que cederam sem cobrar nada para a campanha. A banda não é das minhas favoritas, nem das mais engajadas socialmente como o U2 e o Rage Against the Machine, mas atitudes como essa fazem a diferença.
Excluir essas pessoas, tão iguais criaturas de Deus, é um dos mais covardes preconceitos da nossa sociedade. Elas tem grandes lições de vida para nos passar, e quando absorvemos melhor isso, nos faz um bem danado!


Pra quem não viu (e quem já viu nunca é demais ver de novo)!:
http://br.youtube.com/watch?v=hmdmfWQW4ig&feature=related

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Copa 2014: Goiânia candidata


Demorei a falar de um assunto que habita minha mente quase dia e noite: Como todo bom brasileiro sou chegado numa pelota, não adianta, futebol tá no sangue, e o meu é verde, pelo Goiás! hehe.

O Brasil levou bola nas costas em várias candidaturas, principalmente para as Olimpíadas, mas depois de muitos pesares e favorecido pelo revezamento continental, 64 anos após o fiasco no Maracanã perante o Uruguai, a Copa do Mundo de futebol volta para cá e começa a mobilização para o grande evento.

As cidades logo se prontificam e projetam uma estrutura que estão longe de ter, a FIFA inicialmente queria 10, mas já deu o braço a torcer por 12, como pediu o Brasil, resta agora em março sabermos quais serão as contempladas, aí sim o trabalho pesado vai estar por vir.

Goiânia, com todo seu verde, mulheres bonitas, centralidade e hospitalidade popular aparentemente sairia com tudo na frente, mas não foi isso que eu vi, o que vi foi nossas autoridades de reação pacata, prometer com assustadora indiferença a luta pela escolha de sub-sede. Em pleno ano de eleições municipais, com escândalos na Câmara de Vereadores, a prefeitura nos deixando transtornados com as reformas de infra-estrutura e o governo do estado em sua atuação "lenta, segura e gradual" não davam indícios que seríamos dignas de ser escolhida. Mas o tempo passou e após o período eleitoral os passos foram avançando, finalmente alguma atenção ao assunto era dada.

Um primeiro passo foi a logo da campanha, fez-se uma encomenda pro batidíssimo Siron Franco, artista plástico convidado para pular num galho que não era seu, ao invés de se contratar um serviço de uma grande agência de publicidade, com trabalho de um designer gráfico, um arte finalista de peso, cria-se o que parece uma pintura de menino: a primeira bola fora.

Depois das atitudes começarem a melhorar, vem a segunda bola fora: Goiás contrata uma empresa de auditoria e consultoria especializada de São Paulo, lamento muito gastar-se tanto com uma empresa externa sendo que poderíamos ter uma auditoria qualificada aqui de Goiânia. Como não é uma executora de obras, sua qualificação não necessitaria de buscar-se algo de fora. Esse investimento em vista dos outros que devem ser feitos faz diferença no motante final que o contribuinte vai pagar. Espero que o governo freie os gastos desnecessários para não sermos prejudicados com algo que pode ir por água abaixo!

Não quero cuspir no prato que quero comer, mas atitudes como essa desanimam qualquer cidadão consciente. A vinda da Copa para cá nos traria grandes investimentos privados e alavancaria nossa economia em vários setores, principalmente no hoteleiro, de alimentação, de transportes, e deixaria a herança de uma cidade preparada para receber qualquer evento de qualquer porte e âmbito mundial.

Não dá pra deixar de pensar no super-faturamento em obras faraônicas que virão, mas cabe ao goianiense abraçar essa causa e olhar grande para a sua cidade que se transforma a cada dia, sofre com a crescente urbanização, mas desponta como um dos melhores lugares pra se viver no Brasil.

Sonho em estar credenciado com a tarja IMPRENSA bem destacada, para trabalhar em qualquer área, e espero que o José, o João, a Maria, a Cida possam estar felizes em seu emprego e dando graças a Deus por essa Copa do Mundo existir em Goiânia. Chega logo, março!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O Brasil pré-carnaval

Todo janeiro vemos um quadro parecido no nosso "país tropical abençoado por Deus". Após o ano novo temos dificuldades de começar a pegar a rotina no tranco novamente. O dia 2 parecia mais morto que dia 1º em Goiânia, repartições públicas deram ponto facultativo, e eu como proletariado temporário da União não achei nada ruim. Depois de festas e mais festas, presentes, feliz tudo pra cá e pra lá parece que precisamos de um tempo pra fazer nada, antes de voltar a rotina.
Mas uma coisa um tanto torturante pra quem pega o boi pelo chifre no início de ano é ver quem tirou um tempo pra merecido, ou nem tanto, descanso. Os felizardos postam suas fotos em praias, clubes, querem aparecer depois com aquele bronzeado massa, aquela vidinha mais ou menos que todo mundo almeja. A galera passa inveja mesmo, mas daqui a poucos dias ele voltará a ser um mero mortal como você! rsrsrs
Quem aproveita mesmo são nossos queridos representantes do governo, acabaram de assumir seus cargos e logo depois saem de férias! O presidente curtiu Fernando de Noronha e depois foi bater uns dedos de prosa com o cumpadre Jaques Wágner na Bahia (na praia privada da Marinha), ao lado da primeira dama elegantérrima no seu maio azul claro (melhor que o outro branco com a estrela vermelha!) Com essa vida difícil disse que a imprensa faz o seu fígado doer, coitado, teve que deixar o arquipélogo antes por "falta de privacidade". Mas ele ainda é grato pela sua primeira eleição, bem empurrada pelos veículos de comunicação. Daqui a pouco volta a Brasília, certamente disposto a continuar quebrando o recorde de viagens internacionais do FHC.
Será que vale a pena ralar tanto o ano inteiro pra gastar um motante considerável em um lazer curto e sempre a preços salgados? Um investimento assim não parece muito cartucho queimado pra pouca caça?
Enfim, lazer é essencial, mas parece que até nele as extravagâncias tem que ser muito bem medidas, Lula mandou gastar a vontade, a crise ia passar quase despercebida, mas o limite do cartão de crédito nunca passa.
Devo estar com uma boa dor de cotovelo, só querendo desfrutar de uma vida mansa em um lugar diferente, torrar um pouquinho sem dor de conciência, mas, logo acordo e tenho que me arrumar pra ir pro trabalho.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Onde está a tão falada paz de ano novo?


Antes de começarmos 2009 já tínhamos péssimas notícias sobre conflitos no ringue histórico mundial da Faixa de Gaza, passam-se os primeiros dias e a coisa vai piorando.

Uma guerra de raízes históricas sem proporções com qualquer outra, a luta de uma região que não sabemos onde acaba, quem habita e muito menos quem governa. Um povo sem Estado contra um povo que já foi quase dizimado. Uma só cidade, Jerusalém como berço de três potências que nunca se acertam, vem ano e passa ano e o saldo é o mesmo: ninguém sai vencedor nunca.

O Estados Unidos sempre foi peça chave no conflito, principalmente ao lado de Israel, acumulando seus inimigos em comum como o Irã, outros "intermediários" como França, Rússia, Inglaterra mostram a preocupação, porém pouco atuam para a reversão do problema.

O Conselho de Segurança da ONU fica em descrédito entre os conflitantes, seu poder de negociação abaixa quando intensificam os disparos.

Sempre penso na falta de amor e principalmente, de Deus nessas vidas, mas se a guerra tem "razões" religiosas, está fadada a ter apenas ódio e ganância como sentimentos pontuadores, e não o amor que Deus nos ensina, em detrimento a religiões.

Em tempos como esses, lembro-me muito de uma música de um grupo que marcou história na música cristã nos anos 80 e 90, Rebanhão:


"A guerra não acabou com as nossas lágrimas
A guerra não libertou o homem de si
A guerra não acabou jamais com a fome
No interior do homem.
O homem quis ser só
Criou o seu próprio Deus e ainda quer ser feliz
E ainda quer ser feliz.
De Ramessés a Darwin
O macaco não mudou e o homem também não
Na busca do elo perdido
Foi ferido no duelo
O velho homem se seu coração de pedra.
O homem quer ser feliz
Conhecer as estrelas
É só para quem tem amor."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Começou bem na Câmara...

A posse dos novos vereadores e do prefeito de Goiânia pelo jeito foi um espetáculo a parte. Não fosse a preguiça pós-virada de ano, desejaria muito ver isso de perto, mas só de acompanhar pela imprensa percebe-se a atipicidade da cerimônia. A grande estrela, além do populesco prefeito reeleito, com certeza foi o Gari Negro Jobs. Com sua irreverência quebrou o protocolo diversas vezes, deixando uma mostra do que pode ser seu mandato naquela casa, com seu terno branco discreto, gravata laranja e chapéu amarelo e o coração de papel "Obrigado Goiânia". Outros antes inelegíveis como Tiãozinho Costa com certeza estavam em estado de graça ontem. A renovação na casa foi considerável, e um fator que se destaca é a hereditariedade da nossa política, bastante aguçada com as eleições de Tatiana Lemos (Euler Ivo e Isaura Lemos), Henrique Arantes (Jovair Arantes), Daniel Vilela (Maguito Vilela), com os pais corujas emocionadíssimos acompanhando tudo atentamente. A bancada evangélica ganha reforços de outros herdeiros, casos de Simeyzon Silveira, filho do Ap. Sinomar da Luz para os Povos e do Dr. Gian, genro do Ap. César Augusto da Fonte da Vida.
Outro destaque foram as inúmeras vaias da platéia, especialmente para o ex-presidente da casa Deivison Costa, Pedro Azulão Jr. (até se ajoelhou na hora de assinar o documento) e Clécio Alves, que ficaram marcados pelos votos a favor de 13º, 14º e 15º salários em plena véspera de eleições. Mas o mais vaiado disparado foi o senhor-quero-tudo-ao-mesmo-tempo-agora Túlio Maravilha. Sem clube para jogar, preso ao compromisso na Câmara, ainda almeja fazer 1000 gols (faltam mais de 100, beirando os 40 anos) e ser vereador ao mesmo tempo, ainda por cima dizem que será presidente da Comissão de Obras, menina dos olhos do prefeito, como uma mesma pessoa fará isso não me perguntem...
Essa leigislatura vai dar o que falar, já conduziram o novato Francisco Júnior para a presidência, ao lado do vereador-vitalício Anselmo Pereira. A base do prefeito está fortalecida (2/3), não terá muitas dificuldades de aprovar seus projetos. Íris em seu discurso, assim como a maioria dos prefeitos eleitos, prometeu enxugar os gastos da máquina pública, mas ao mesmo tempo fará moradias populares, investirá em educação integral e terá o incômodo trânsito neo-caótico de Goiânia para zelar, quer abrir mais viadutos/trincheiras. Sobre soluções alternativas (rodízio de carros, ciclovias) nada se fala.
Serão quatro anos para ver o que em tanto discurso e promessas se cumprirá, espero que sem choro e ranger de dentes.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

2009 promete...

Começamos mais um ano, e com ele dá vontade de fazer muita coisa diferente, inclusive outro projeto de blog. Já fiz alguns temáticos, outros com pseudônimos, coolaboro com outros coletivos, mas nunca me satisfazia com o conteúdo, o que facilmente me levava à desistência, mas ao menos não me acomodo facilmente, se deu vontade aqui estou com mais um blog. Não sei prever a vida útil dele, a periodicidade das postagens, mas o importante é ter esse canto pra me expressar. Minha faculdade de jornalismo, a paixão por música e minha fé são os principais incentivos para falar de muitas coisas. E nada melhor que esse espaço privilegiado, pra chamar de meu e fazer o que der na telha, mas com responsabilidade de informação, sem fazer que quem leia perca sem tempo, já que isso é uma fonte de notícias por vezes melhores que grandes sites, sem linha editorial o assunto pode rolar mais fácil, sem piegas. Um primeiro desafio pra se escrever um blog já é o próprio nome, a lista de indisponíveis é imensa, aí a criatividade cabe bem nessas horas, me veio esse nome inusitado na cabeça, ironicamente eu detesto feiras populares, seja de comércio, de alimentos ou de artesanato. Aquela concentração de massa, de bancas reduzidas, coladas nas outras, com espaço crítico de circulação, pior ainda ter uma companhia feminina para parar de banca e banca e olhar roupa e mais roupa, artigo e mais artigo, argh! Minha mãe já desistiu de pedir minha presença em suas compras, hehe. Enfim, pensei na salada que são esses comércios e deu nesse nome inusitado para o blog, uma mistura de todo e qualquer assunto, sem retrições, só para escrever, ler e pensar.